Pesquisa do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie (HUEM) em Curitiba vai avaliar o impacto da vacina de Covid-19 na gravidez. O objetivo do estudo do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia do hospital é avaliar a produção de anticorpos para o coronavírus na mãe e no feto após a imunização e como a vacina pode reduzir diversas complicações geradas pela Covid-19 na gestação.
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O foco do estudo é averiguar como as modificações fisiológicas que o organismo passa na gravidez podem levar as gestantes a casos mais graves da Covid-19. Entre os focos, os pesquisadores pretendem averiguar se há algum período específico da gestação em que a mulher corre mais risco com o coronavírus e se a vacinação da mãe transmite anticorpos ao feto. Também serão levantados dados de quantos partos prematuros precisaram ser feitos em mulheres infectadas, bem como a quantidade de internações em UTI, o peso do feto, entre outros índices.
Para isso, o hospital busca 200 mulheres grávidas para participar voluntariamente do estudo. A gestantes terão todo acompanhamento médico durante a pesquisa. As voluntárias poderão participar em em qualquer estágio da gestação, bastando apenas não terem sido ainda vacinadas e não terem contraído a Covid-19 - leia abaixo como participar. As avaliações serão feitas a partir da coleta de sangue antes da vacinação e após a imunização completa, bem como durante toda a gravidez. A gestante também terá acompanhamento semanal e assistência clínica caso tenha complicação na gravidez ou próprias da Covid-19.
O direto médico do Evangélico Mackenzie, Jean Fransciso, afirma que as maternidades vêm observando complicações sérias em gestantes infectadas pelo coronavírus, o que as põe em um dos grupos de mais risco da Covid-19. Entre as principais complicações estão o feto não ganhar peso, descolamento da placenta, ruptura da bolsa amniótica e partos prematuros. "As complicações na gestação causadas pela Covid são tão graves ao ponto de muitas vezes precisar interromper a gravidez", explica o diretor médico.
"Um dos maiores riscos que temos visto nas grávidas com Covid-19 é o descolamento da placenta, que são casos de extrema urgência, já que o sangue da mãe deixa de ir para o feto. Isso pode causar a morte da mãe e da criança rapidamente", enfatiza o diretor médico.
Uma das vítimas do agravamento da gravidez causada pelo coronavírus foi uma das primeiras pessoas detectadas com a nova variante delta do coronavírus no Paraná, uma mulher de 42 anos que veio do Japão visitar a família em Apucarana, no Norte do estado, em abril. Três dias após ser internada com Covid-19, a gestante faleceu em 18 de abril ao passar por uma cesariana de emergência. O bebê nasceu prematuro de 28 semanas - 12 a menos do que a gestação normal - e ficou um mês internado.
Como participar da pesquisa
As grávidas interessadas em participar voluntariamente da pesquisa podem procurar a Unidade Mackenzie da Mulher, que fica na Rua Bruno Filgueira, 1.569, no bairro Bigorrilho, a duas quadras do HUEM, entre as 8h e 11h. As grávidas também podem entrar em contato pelo telefone (41) 3240-5000 para agendar um horário para a coleta.
Até a manhã desta sexta-feira (13), o HUEM já tinha 30 grávidas inscritas na pesquisa. "O estudo vai não só ajudar a entender o comportamento do coronavírus durante a gravidez como acredito que o resultado vai incentivar as gestantes a se vacinarem após tantas notícias falsas sobre a imunização de grávidas", reforça Jean Francisco.
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