A Petrobras confirmou, nesta sexta-feira (15), a desistência no processo de venda de sua participação na Usina Elétrica a Gás de Araucária (UEGA), na Região Metropolitana de Curitiba. No anúncio, feito na forma de um Comunicado ao Mercado, a estatal explicou que a desistência veio após a Copel ter vendido, em separado, sua cota de participação na usina.
O Grupo Copel, formado pela Companhia Paranaense de Energia (Copel) e pela Copel Geração e Transmissão S.A., detinha 81,2% da usina. Essas ações foram vendidas para a Âmbar Energia S.A., segundo outro Comunicado ao Mercado, este publicado pela Copel na quinta-feira (14). O Contrato de Compra e Venda de Ações fechado entre a Copel e a Âmbar teve como valor patrimonial declarado a quantia de R$ 358 milhões – como havia uma dívida líquida de R$ 37 milhões, o valor final da transação ficou em R$ 320,7 milhões.
Depois de confirmar a desistência da venda de sua participação na usina de Araucária, a Petrobras também anunciou que segue avaliando quais serão os próximos passos dentro do processo de desinvestimento. Uma das possibilidades, agora que a Âmbar detém mais de 80% das ações, é a de eventualmente exercer o chamado tag along, um mecanismo que visa proteger acionistas minoritários contra eventuais mudanças no controle das companhias, garantindo um valor mínimo na venda das ações.
UEGA foi acionada pela última vez em fevereiro de 2022
O processo de venda da UEGA começou a ganhar força em dezembro de 2022. Naquele mês foi aprovada a venda das respetivas participações de Copel e Petrobras. Em março de 2023 foi iniciada a chamada fase não vinculante do processo de desinvestimento. Assim como nas etapas anteriores, nesta fase das propostas vinculantes ainda não há nem a estimativa de valor de venda da UEGA nem um prazo para que o desinvestimento seja concluído.
A UEGA é uma usina de porte médio, com capacidade instalada de 484,15 MW. A última vez que entrou em operação foi em fevereiro de 2022. Mesmo com outro dono, a usina permanecerá fazendo parte do Sistema Interligado Nacional (SIN), podendo entrar em produção em caso de necessidade como em situação de crise hídrica. Atualmente, 60% da energia consumida no Brasil vem das hidrelétricas.
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