A Polícia Federal (PF) está investigando a participação de uma mulher de Curitiba em um possível esquema de adoção clandestina de bebês por cidadãos europeus. De acordo com a operação Mater Avaritia, deflagrada nesta terça-feira (6), ela teria negociado o bebê ainda durante a gestação, e viajado para Portugal para efetivar a venda da criança.
Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão contra os suspeitos em Curitiba e São Paulo. Para os investigadores, há indícios robustos de que as negociações da compra da criança e da adoção clandestina teriam sido intermediadas por uma terceira pessoa, residente na capital paulista.
Segundo dados preliminares da operação, a suspeita fechou o negócio com um cidadão português antes do bebê nascer. Poucos dias antes do parto, em 2022, ela viajou à Europa para dar à luz o filho em Portugal. Logo após o nascimento, a suspeita voltou sozinha para o Brasil, deixando o bebê com o suposto comprador.
Investigações contaram com a ajuda da Interpol
As investigações contaram com o apoio da Interpol e da Polícia de Portugal, que com os fatos identificados pela Polícia Federal do Brasil instaurou um novo processo investigativo criminal para averiguar a possível prática de tráfico internacional de pessoas.
As investigações seguem em andamento na busca de identificar outras pessoas que possam ter relação com o suposto esquema de tráfico internacional de pessoas. O bebê deixado pela curitibana em Portugal foi localizado ainda na maternidade, encaminhado aos cuidados das autoridades europeias e integrado à rede de proteção à criança de Portugal.
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