As últimas quatro pistolas que estavam desaparecidas do 33º Batalhão de Infantaria Mecanizada (BIMec), em Cascavel (PR), foram recuperadas na noite desta quarta-feira (20). A informação foi divulgada pelo Exército Brasileiro.
Na noite de terça-feira (19), já haviam sido encontradas cinco das pistolas furtadas do quartel após abordagem em uma residência em Espigão Alto do Iguaçu (PR), município distante cerca de 133 quilômetros de Cascavel. Na operação, o morador foi detido. Além das armas, foram apreendidas caixas de munições calibres 9mm e 12mm.
As nove pistolas Beretta, calibre 9mm, estavam desaparecidas desde o último domingo (17). O furto das armas foi notado durante procedimento rotineiro de contagem do arsenal no oeste do Paraná, segundo informou o Exército.
De acordo com informação divulgada na madrugada desta quinta-feira (21) pelo comando da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, as últimas quatro armas foram localizadas "após denúncia anônima e reajuste do posicionamento das tropas da operação Ágata na região sudoeste do estado do Paraná". As buscas foram feitas pelo Exército e pela Polícia Militar do estado, que encontraram as pistolas furtadas do quartel em uma área desabitada da zona rural de Santo Antônio do Sudoeste.
Em posicionamento público, o batalhão destacou que "que o episódio é inaceitável e cumpre seu papel com seu compromisso de sanar o caso, demonstrando seu comprometimento e responsabilidade com a cosiedade brasileira". A instituição se compromete a concluir o inquérito policial militar, instaurado no último domingo (17), e a apresentar os responsáveis pelo roubo das armas "para responderem na forma da lei".
Ainda segundo o Exército, a operação Ágata fez mais de 3 mil abordagens e revistas de pessoal, motocicletas, veículos leves e caminhões. Foram apreendidos um revólver calibre 38, uma pistola .380 e uma pistola 9mm que estavam irregulares.
Operação do Exército segue sem prazo para encerramento
Em coletiva de imprensa realizada nesta tarde, o comandante da 15 Brigada de Infantaria Mecanizada, general Amorim, esclareceu que, apesar de as armas já terem sido recuperadas, a Operação Ágape continua sem prazo ainda previsto para encerrar. "Mudaremos o perfil mais uma vez para alcançar outros objetivos que nos foram colocados pelos trabalhos de inteligência e com a parceria com os órgãos de segurança pública", disse o militar. Ele explicou que a nova fase terá um rodízio entre as unidades, mas o foco nos crimes fronteiriços permanece.
Quando questionado qual teria sido o "ponto fraco" do protocolo militar que permitiu a retirada das armas, respondeu: "O elo fraco foram pessoas. Por inação, incompetência ou até ingenuidade, às vezes alguns militares negligenciam suas ações e outros negligenciam sua fiscalização, e, quando esses eventos se alinham, surgem janelas de oportunidades para que pessoas mal intencionadas tomem atitudes como essa".
Números da Operação Ágape
- 1.600 militares empenhados;
- 42 viaturas dos órgãos de segurança pública;
- Apreensões: R$ 653 mil, 20 toneladas de droga, mais de 933 pacotes de cigarros contrabandeados, três veiculos e 14 armamentos, o que equivale a cerca de R$ 41,6 milhões.
- Valor de recursos públicos gastos: R$ 244 mil.
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