A Polícia Federal lançou na manhã desta quinta-feira (12) uma operação contra suspeitos de fraudarem o INSS com a concessão de benefícios irregulares. A Operação Gracioso foi determinada pela 1ª Vara da Justiça Federal em Ponta Grossa e teve cumprimento de mandados de busca e apreensão em Ponta Grossa e Curitiba. Não houve presos na operação.
De acordo com as investigações, uma despachante estaria cometendo crime de estelionato ao oferecer "aposentadorias pelo INSS". Esta despachante foi presa temporariamente pela Polícia Civil, e a partir desta prisão o âmbito da operação foi ampliado. Além dos policiais federais, colaboraram nos trabalhos agentes da Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social do Ministério da Previdência Social e da Polícia Civil.
Segundo os investigadores, os suspeitos mobilizaram um grupo de atuação para o cometimento dos crimes. Participaram deste esquema um comerciante, uma suposta advogada e médicos. O comerciante seria o responsável por ceder o espaço onde ocorria a abordagem aos interessados e a cobrança dos valores pagos ao grupo.
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A advogada e os médicos seriam os responsáveis pela elaboração e apresentação de atestados médicos falsos. Com os documentos protocolados no sistema do INSS, o grupo dava entrada no pedido de benefício por incapacidade temporária, anteriormente conhecido como auxílio-doença.
Sistema usado nas fraudes permite a concessão de benefício sem perícia
Os investigadores identificaram 70 benefícios concedidos de forma irregular por meio do Atestmed. O sistema possibilita aos beneficiários protocolarem o pedido sem que haja a necessidade de passar por perícia médica presencial. O prejuízo provocado pelo grupo ao INSS, de acordo com a Coordenação-Geral de Inteligência da Previdência Social, ultrapassa os R$ 300 mil.
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