O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), disse que policiais e professores serão vacinados contra a Covid-19 logo após a conclusão da imunização das pessoas com mais de 60 anos de idade. A declaração, reproduzida pela Agência Estadual de Notícias nesta segunda-feira (29), esbarra no próprio plano estadual de vacinação apresentado pelo governo paranaense com base no plano nacional de imunização. Pelo plano estadual, há 28 categorias colocadas em ordem de vacinação - todas integram o chamado grupo prioritário, que o governo paranaense pretende vacinar até o final de maio. Policias e professores estão na fila, mas não aparecem logo atrás dos idosos.
As principais notícias do Paraná pelo WhatsApp
“A partir do planejamento da Secretaria da Saúde, a ideia é chegar a esses dois grupos extremamente importantes para a nossa sociedade: a polícia, que já está na linha de frente de atuação contra o coronavírus há um ano, e os educadores, porque queremos retornar às aulas com segurança o quanto antes”, justificou Ratinho Junior, segundo a AEN.
Entre as primeiras categorias, estão trabalhadores da saúde, indígenas, quilombolas, pessoas que vivem em instituições e idosos. A etapa atual é dos idosos. Pessoas com mais de 60 anos de idade estão sendo chamadas pelas prefeituras dos municípios assim que as doses chegam nas cidades, de forma escalonada. Logo na sequência, segundo o plano estadual, estão as pessoas com comorbidades e pessoas com deficiência permanente grave. Depois, estão as pessoas em situação de rua, a população privada de liberdade e os funcionários do sistema prisional. Só depois surgem os trabalhadores da educação, as forças de segurança e salvamento e também as Forças Armadas. Outros sete grupos finais integram a etapa final do grupo prioritário.
A Gazeta do Povo pediu um esclarecimento à Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para confirmar a alteração do plano original ainda na segunda-feira (29), mas a pasta se limitou a informar, em nota, que “a proposta do Paraná é vacinar estes dois grupos (educação e segurança) o quanto antes”. Somente nesta terça-feira (30), em nova nota, a Sesa esclareceu que a pasta “planeja antecipar a vacinação de professores e profissionais da segurança pública”, incluindo as duas categorias na mesma etapa reservada ao grupo de pessoas com comorbidades, formado por mais de 1 milhão de pessoas (1.172.812 pessoas).
“A vacinação destes grupos será feita de maneira simultânea, com previsão de aplicação das doses no mês de maio, de acordo com a programação de entrega de vacinas pelo Ministério da Saúde”, explica a Sesa. A pasta não informou quando haverá a alteração formal no plano estadual de vacinação. O documento serve de base para os planos elaborados por todas as 399 prefeituras de cidades paranaenses.
Na estimativa populacional apontada pelo plano estadual, devem ser imunizadas 169.057 pessoas ligadas ao Ensino Básico (creche, pré-escola, Ensino Fundamental, Ensino Médio, profissionalizantes e EJA) e à Assistência Social (CRAS, CREAS, Casas/Unidades de Acolhimento); 54.110 pessoas ligadas ao Ensino Superior; 22.853 pessoas das forças de segurança e salvamento; e 14.222 pessoas das Forças Armadas.
No total, o grupo prioritário no Paraná tem 4.635.123 pessoas. Considerando que as duas vacinas já disponíveis ao Paraná (a Coronavac/Sinovac/Butantan e a Astrazeneca/Oxford/Fiocruz) precisam de duas doses por pessoa, para que haja a completa imunização, o estado precisa receber um total de 9.270.246. Desde o início da campanha de vacinação, em 18 de janeiro, até 30 de março, o Paraná recebeu 1.727.850 doses de vacina anti-Covid do Ministério da Saúde.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná