Está marcado para 7 de dezembro o julgamento de Jorge Guaranho, o policial penal federal apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu em processo de homicídio contra o tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT) na época, o guarda municipal Marcelo Arruda.
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O crime aconteceu em julho do ano passado, em Foz do Iguaçu (PR). Guaranho terá pela frente o tribunal do júri, sob a acusação de homicídio duplamente qualificado por motivo fútil e por se considerar perigo comum, já que os disparos foram efetuados em local onde estavam diversas outras pessoas. Para o Ministério Público, o crime teve motivações políticas.
O juiz do caso, Hugo Michelini Júnior, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu, alegou entender que o processo está pronto para julgamento, tendo atendido todos os prazos processuais. A escolha do júri ocorrerá por sorteio virtual no dia 20 de novembro.
Prisão de Guaranho aconteceu poucos dias depois do crime
O policial penal foi preso poucos dias depois da morte de Arruda, assim que deixou o hospital. Guaranho ficou ferido após ser atingido por disparos, segundo as investigações policiais, feitos pelo guarda municipal antes de morrer. Guaranho também foi agredido por integrantes da festa durante a qual o petista foi morto.
Os advogados que acompanham a família de Arruda e atuam como assistentes de acusação disseram esperar que "casos como este não mais se repitam, com a realização da mais pedagógica Justiça” e que a família aguarda uma atuação serena, técnica e equilibrada do Ministério Público, “de comportamento irrepreensível”.
Já a defesa do policial penal disse que aguarda pelo julgamento o mais rápido possível para que o policial possa “provar sua inocência e que a injusta prisão” de Guaranho seja reparada. O policial penal é mantido em custódia no Complexo Médico-Penal (CMP) de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.
Tesoureiro do PT comemorava aniversário quando foi alvejado
Marcelo Arruda comemorava o aniversário de 50 anos, em festa que tinha como tema Luiz Inácio Lula da Silvas e o PT. Na época, Lula era candidato à Presidência, na disputa com Bolsonaro.
A festa era realizada na Associação Esportiva Saúde Física Itaipu. Ao ficar sabendo do evento e do tema da comemoração, o policial penal, que estava em outra festa, foi até a associação que, segundo ele, costumava frequentar para lazer. Ali iniciou uma discussão com integrantes da festa, entre eles a própria vítima e a esposa de Arruda, que é policial civil.
Guaranho, que estava com a esposa e o filho no carro, deixou a família em casa e voltou à associação, entrou no espaço da comemoração, momento que houve o crime. Arruda chegou a ser socorrido, mas morreu horas depois no hospital.
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