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O presidente do Centre Pompidou de Paris, Laurent Le Bon, o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD).
O presidente do Centre Pompidou de Paris, Laurent Le Bon, o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD).| Foto: Gabriel Rosa / AEN

O termo de parceria entre o Centre Pompidou de Paris e o governo do Paraná para a construção do Museu Internacional de Arte de Foz do Iguaçu foi assinado nesta quarta-feira (17). A unidade será a primeira filial do museu de artes de Paris na América Latina, e terá seu projeto baseado em conceitos definidos pela instituição francesa.

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As primeiras tratativas para trazer para o Paraná a primeira “antena” (como é chamada a filial de um museu) do Pompidou na América Latina começaram em 2020. Em maio deste ano, uma comitiva paranaense esteve na sede do museu, em Paris, para confirmar a intenção. A previsão é que a unidade receba um investimento de mais de R$ 200 milhões e seja aberta ao público até 2026.

O prazo previsto para a conclusão do projeto arquitetônico é janeiro de 2025. A expectativa é que a licitação para a construção seja concluída nos dois meses seguintes, com o início das obras esperado para o início do segundo semestre. A área reservada para o museu tem cerca de 24 mil metros quadrados e fica próxima à entrada do Parque Nacional das Cataratas, a cerca de 10 minutos do centro de visitantes.

Na assinatura do acordo, feita pelo presidente do Pompidou, Laurent Le Bon, e pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), foram definidas a cessão do terreno para a construção do museu, por parte da CCR Aeroportos, e a parceria com o arquiteto paraguaio Solano Benítez para a idealização do projeto arquitetônico.

Benítez já foi premiado com o SI Swiss Architectural Award 2007-2008 e um Leão de Ouro da Bienal de Veneza de 2016. Ele contará com a colaboração do arquiteto brasileiro Angelo Bucci, professor da USP e responsável pela criação do pavilhão do Brasil na Expo 92 em Sevilha

“Este é um dia muito importante não apenas para a cultura de Foz de Iguaçu ou do Paraná, mas para a cultura brasileira. Não existe hoje um museu como este, fruto de uma parceira como esta, no hemisfério sul. É uma novidade que ultrapassa as fronteiras do Brasil”, afirmou o governador.

Museu deve se consolidar como mais um atrativo turístico para Foz do Iguaçu

Um dos efeitos esperados com a instalação do novo museu é a oferta de mais um atrativo turístico em Foz do Iguaçu, que já é um dos destinos mais visitados no Brasil. Para a secretária de Estado de Cultura, Luciana Casagrande Pereira, o Museu Internacional de Arte de Foz do Iguaçu será um espaço de valorização da cultura regional na tríplice fronteira.

“Estamos fazendo uma construção coletiva, com o Pompidou nos provocando para algumas reflexões e nossa equipe pesquisando para desenvolver esse conceito. Será um museu que vai prezar pela pesquisa e reflexão dos artistas, curadores e pesquisadores sobre a importância da arte e a relação dela com a natureza”, salientou a secretária.

A principal proposta do novo museu de Foz do Iguaçu é contar com uma programação formada por peças de artistas da América Latina, associada ao acervo da sede do Pompidou. A unidade de Paris conta com uma coleção com nomes relevantes de arte moderna e contemporânea europeia.

“Uma das questões mais importantes hoje em dia é a relação entre a natureza e a cultura. Nesse sentido, o grande número de visitantes que vai a Foz do Iguaçu terá não só a obra-prima da natureza, que são as Cataratas, mas também um contato com a cultura e a arte contemporânea. A programação no Paraná vai depender do que o Estado demande, com base no que o público vai querer ver”, afirmou Le Bom, presidente do Centre Pompidou.

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