Debatida e reivindicada há décadas, a Ponte de Guaratuba tem a promessa de começar a ser construída antes do fim deste ano. A projeção do governo Ratinho Junior (PSD) é que os trabalhos sejam terminados no ano de 2025. Até lá, o grande projeto que vai alterar a mobilidade urbana no litoral paranaense ainda enfrenta descrença, conforme observa o secretário estadual de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex.
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“É uma obra muto aguardada, muitos podem pensar ‘eu só acredito, vendo’”, disse ele. Considerada um marco de engenharia e um desafio ambiental, a Ponte de Guaratuba é a meta principal entre as obras em desenvolvimento pelo Executivo paranaense, destaca o secretário.
Em fase de projetos e licenciamento ambiental, a Ponte de Guaratuba venceu as etapas preliminares de sondagens subaquáticas na baía e as sondagens em solo. Os técnicos têm trabalhado para definir o melhor plano funcional da obra para a execução.
Enquanto isso, foi considerada uma vitória fundamental no processo a aprovação do Supremo Tribunal Federal (STF) com parecer favorável à obra da Ponte de Guaratuba. Na semana passada, a ministra Rosa Weber, presidente do STF, indeferiu um pedido de liminar do Tribunal de Contas do Estado (TCE) contra o edital das obras da Ponte de Guaratuba. A ministra considerou os argumentos do Governo do Paraná de que a iniciativa é ponto-chave para o litoral paranaense.
“Verifico que o Tribunal de Contas paranaense, em sua petição inicial, não aponta circunstâncias concretas caracterizadoras do alegado risco de lesão à ordem, à saúde ou à economia públicas. Na realidade, os fundamentos em que se apoia o pedido de contracautela foram deduzidos de modo genérico e abstrato, sem o necessário cotejo analítico com situações concretas ou fatos determinados capazes de justificarem o manejo do instrumento da contracautela”, afirmou a ministra.
Investimento da obra da Ponte de Guaratuba será de R$ 386,9 milhões
O Consórcio Nova Ponte é o responsável por executar os projetos e elaborar a obra da Ponte de Guaratuba. Até o momento, foram destinados R$ 5.339.053,96 na iniciativa. O valor total do projeto é de R$ 386,9 milhões.
O secretário de Infraestrutura e Logística do Paraná, Sandro Alex, contou que, neste mês, as comunidades locais estão sendo ouvidas para entender os possíveis impactos da obra. Além disso, conversas com o Ministério Público têm sido frequentes, diz o governo estadual. “Estamos tendo um diálogo quase semanal com o Ministério Público e estamos avançando com muito diálogo. A gente sabe os impactos e estamos trabalhando para que a gente possa minimizar todos os impactos da obra perante a Mata Atlântica”, destacou ele, que pontua terem sido seguidas "todas as formalidades que os órgãos pediram”.
Uma equipe tem atuado na elaboração de programas ambientais da obra para a emissão da Licença de Instalação, necessária o começo dos serviços na baía de Guaratuba. Vencida essa etapa, a obra está prevista para ser feita em 24 meses. Com finalização “até o final do ano de 2025, seria para o fim de 2025 ou início de 2026. Esse é o nosso trabalho. Entregar dentro do nosso mandato”, disse Sandro Alex.
O projeto prevê quatro faixas para tráfego de veículos, 3 quilômetros de extensão (com 1,2 km de ponte), calçadas e ciclovia. “Se tornou uma obra emblemática e desafiadora, parece que há uma opinião que ‘isso não vai acontecer’, pois há décadas se fala e nunca aconteceu [a obra da ponte]”, ressaltou o secretário. “Essa construção da obra é nossa meta número 1. Temos uma força-tarefa atendendo a obra”, complementou.
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