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Blindado do Exército circula por Guarapuava durante tentativa de assalto a uma empresa de transporte de valores.
Blindado do Exército circula por Guarapuava durante tentativa de assalto a uma empresa de transporte de valores.| Foto: Reprodução

Um blindado do Exército circulou pelas ruas de Guarapuava, no Centro-Sul do Paraná, enquanto um grupo criminoso atacava o quartel da Polícia Militar (PM) e uma empresa de transporte de valores para tentar levar uma grande quantidade de dinheiro chamou a atenção.

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A movimentação da Força Armada na madrugada dessa segunda-feira (18) foi por causa da ação criminosa, mas não para apoiar as equipes da PM na ocorrência em que o grupo fez moradores de reféns e que deixou dois policiais e um civil feridos.

O blindado do modelo Guarani é utilizado para transporte das tropas. O veículo é da frota da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada, uma das seções do 26º Grupo de Artilharia de Campanha (26º GAC), cuja sede fica em Guarapuava.

Segundo o Exército, o tanque que foi filmado circulando em Guarapuava no momento dos ataques cumpria o protocolo de segurança para caso o quartel da Força também fosse atacado pelos criminosos. "O transporte ocorreu para reforçar a segurança de instalações de administração militar que estão localizadas fora do perímetro do quartel do 26° GAC", informa o Exército em nota.

"Não houve, na ocasião, nenhuma ação contra instalações militares do Exército. As providências adotadas seguiram o protocolo de segurança da Organização Militar, destinado a preservar a integridade física de patrimônio e pessoal", prossegue a nota assinada pelo comando da 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada.

O secretário estadual de Segurança Pública, que também é coronel do Exército, Rômulo Marinho Soares, confirmou que o blindado não saiu do quartel para ajudar a Polícia Militar na ocorrência. "Não foi necessário usar nenhuma ajuda dos blindados do Exército porque a Polícia Militar executou o plano de contingência que estava preparado para esse tipo de ação", argumentou em entrevista ao jornal Meio-Dia Paraná, da RPC.

A PM afirma que já tinha informação de que haveria uma nova ação no estado de um grupo do novo cangaço - crime em que um grupo fortemente armado ataca as forças de segurança de uma cidade para imobilizá-las no momento do assalto. O plano executado pela Polícia Militar consistiu em cercar e abafar a ação dos criminosos na empresa de transportes e "empurrar" os criminosos para a área rural da cidade, onde aí sim os policiais poderiam entrar em confronto com os bandidos sem botar a população em risco.

Como parte da estratégia, o 16° Batalhão da PM posicionou as viaturas fora do quartel, prevendo que a base seria atacada, o que ocorreu com tiros de grosso calibre e veículos executados. Esse ataque deixou dois policiais feridos: um levou um tiro na cabeça e está na UTI e outro que teve fratura exposta na perna ao ser alvejado. Um morador de Guarapuava também foi atingido com um tiro no braço, mas não corre risco de morte.

"Esse blindado operou nas proximidades do quartel do Exército apenas. Temos sintonia entre nossas forças de segurança e o Exército. Mas não foi necessário esse apoio nessa ação", reforça o secretário.

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