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Três dos seis novos silos já estão prontos. Os outros estão em fase final de construção.
Três dos seis novos silos já estão prontos. Os outros estão em fase final de construção.| Foto: Vítor Kalsing/Porto Ponta do Félix.

O porto Ponta do Félix, em Antonina, no Litoral do Paraná, vai inaugurar em junho seis novos silos para o recebimento de cevada e malte que atenderão cervejarias brasileiras. Cada silo terá capacidade estática para 6.700 toneladas, totalizando 40 mil toneladas. Três silos já estão prontos e os outros três em fase final de construção.

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O investimento, de R$ 45 milhões, está sendo feito pelo próprio porto e atende preferencialmente dois clientes que já fecharam contrato de fornecimento de longo prazo, para os próximos dez anos.

São as cervejarias Petrópolis, de São Paulo, fabricante de várias marcas de cerveja, entre elas Petra e Itaipava; e a uruguaia Barley, fornecedora de malte. Segundo informações do porto, outras cervejarias e maltarias também poderão ser atendidas, sempre respeitando a preferência destes dois clientes que já têm contratos firmados.

“Estes novos silos têm uma particularidade. São construídos com estruturas de concreto que garantem uma menor troca de temperatura, o que é essencial para a qualidade do produto”, explica Gilberto Birkhan, presidente do porto Ponta do Félix. Segundo ele, os equipamentos utilizados também são próprios para a movimentação desse tipo de carga.

Birkhan destaca que o investimento reforça o papel do porto de Antonina, que vem cada vez mais se especializando em cargas de alto valor agregado e que demandam um tratamento diferente em comparação a cargas gerais. “Por ser um porto menor e focado em cargas especiais, conseguimos também oferecer agilidade. Uma das principais vantagens de operar por Antonina é a possibilidade de customização das operações”, pontua.

Produção nacional atende apenas 32% da demanda

De acordo com dados da Embrapa, a procura por cevada (matéria-prima para a fabricação do malte) tem crescido no Brasil nos últimos anos puxada pela expansão do mercado cervejeiro. O país importa tanto a cevada (matéria-prima) quanto o malte pronto. O consumo de malte no mercado brasileiro é em torno de 1,6 milhão toneladas por ano. Desse total, a produção interna atende apenas cerca de 32% e os 68% restantes são importados.

Ainda segundo a Embrapa, em 2019, foram comercializados em todo o mundo 31 milhões de toneladas de grãos de cevada e 8 milhões de toneladas de malte. No mesmo ano, o Brasil importou 671 mil toneladas de grãos de cevada, sendo o 11º maior importador mundial do produto. E ficou entre os primeiros colocados na importação mundial de malte cervejeiro.

Os 10 maiores produtores mundiais de cevada e malte são União Europeia, Rússia, Ucrânia, Austrália, Canadá, Turquia, Estado Unidos, Argentina, Irã e China. Esse conjunto de países responde por aproximadamente 85% da produção mundial. Na União Europeia, a Alemanha, a França e a Espanha detêm, aproximadamente, 58% da produção do bloco.

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