Em 2020, um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou uma ociosidade média de 55% nas estruturas portuárias do Brasil. Na época, o Porto de Paranaguá era menos ocioso que a média dos demais portos do país, mas, mesmo assim, tinha uma situação preocupante, com 43% de ociosidade.
Receba as principais notícias do Paraná pelo WhatsApp
O percentual referia-se à somatória de áreas sem qualquer infraestrutura instalada bem como a áreas construídas, mas sem nenhuma utilização ou subutilizadas.
A administração da Portos do Paraná não tem informação do percentual atual de ociosidade, mas tem metas de redução no curto prazo. “Nossa intenção é reduzir para algo em torno de 20 a 25%”, diz o diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia. Ele acredita que esse nível será alcançado quando finalizarem os processos de arrendamento em curso.
“A previsão é concluir cinco processos de licitação até o final desse ano”, informa Garcia. As novas áreas que estão disponíveis para arrendamento somam investimentos de R$ 2,5 bilhões. São destinadas à movimentação de granéis líquidos, granéis sólidos e carga geral.
“O objetivo é ter todas as áreas exploráveis sendo utilizadas e, mais que isso, com segurança jurídica”, pontua o presidente. Segundo Garcia, além da ociosidade, há o problema de contratos precários que estão sendo resolvidos por meio das licitações.
O porto de Paranaguá foi o primeiro do Brasil a ter autorização para assumir os processos de licitação. “O governo federal estabeleceu alguns critérios de gestão e estrutura para delegar essa responsabilidade. Como cumprimos os requisitos, desde 2019 pudemos assumir a condução desses processos licitatórios”, explica Garcia.
Atualmente o porto de Paranaguá movimenta 60 milhões de toneladas por ano. Há uma estimativa de crescimento para 80 milhões nos próximos 20 anos. “Os 20% a 25% de ociosidade que restarão a partir do ano que vem serão ocupados ao longo desse período na medida em que a demanda aumentar”, esclarece Garcia. Ele chama de "ociosidade estratégia", como uma espécie de reserva de espaço para crescimento futuro. “É possível dizer que, para atender a demanda atual, as áreas que estão em processo de arrendamento darão conta e, na medida em que novas necessidades surgirem, outras áreas poderão ser incorporadas”, informa.
Os efeitos de uma possível vitória de Trump sobre o Judiciário brasileiro
O que o Brasil pode esperar na economia e no STF se Trump vencer; assista ao Entrelinhas
Às vésperas das eleições nos EUA, pesquisas mostram disputa apertada entre Kamala e Trump
Receita Federal está usando inteligência artificial para detectar sonegação de impostos
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná