Com grande circulação de navios vindos de países que sofrem com a epidemia de coronavírus, o Porto de Paranaguá, que já adota desde o fim de janeiro uma série de restrições, vai reforçar as medidas de prevenção ao Covid-19.
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“A China é nosso principal cliente, por isso, desse janeiro temos distribuído materiais educativos em português, inglês e mandarim e adotado uma série de impedimentos em relação a navios que passaram por áreas de risco há menos de 21 dias”, afirma o diretor presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (APPA), Luiz Fernando Garcia.
No primeiro bimestre de 2020, foram 344 atracações de navios. Destes, 15 tiveram como país de destino a China e seis vieram do país asiático. Segundo o diretor, como as viagens de navio entre a Ásia e o Brasil demoram de 30 a 40 dias, a tripulação já passa por uma espécie de “quarentena natural”, e os capitães de navios são orientados a informar a administração dos portos caso haja alguma situação suspeita da doença. A Anvisa é acionada para cuidar de qualquer situação comunicada.
Além disso, a APPA também tem exigido atestado médico comprovando as condições de saúde de todos que chegam para substituir a tripulação de navios. “Temos muitos casos de tripulantes que chegam de avião em Curitiba, para embarcarem nos navios em Paranaguá. Para essas pessoas, exigimos um atestado de saúde antes do embarque, para evitar disseminar a doença”, explica Garcia.
Após o decreto do governo do estado determinando medidas de contingência entre os servidores públicos, a administração dos portos deve liberar os funcionários da identificação biométrica na entrada e saída do local de trabalho, para evitar o contágio através dos sensores de biometria. As fiscalizações periódicas também vão diminuir, sendo mantidas as decorrentes de denúncias.
“Grande parte dos nossos servidores são operacionais, não podem trabalhar em home office, por isso estamos reforçando a higienização dos locais de trabalho e liberando a identificação biométrica”, diz Garcia.
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