O governo do Paraná aderiu quarta-feira (31) ao movimento Unidos pela Vacina, projeto que reúne diferentes organizações do Brasil para acelerar a imunização da Covid-19. O movimento foi criado pelo grupo Mulheres do Brasil, iniciativa de 2013 formada de diferentes áreas de atuação para engajar a sociedade por um país melhor. Hoje são 41 mil participantes na rede de mulheres liderada pela empresária Luiza Helena Trajano, dona da rede de varejo Magazine Luiza. (Veja como você também pode participar no fim do texto)
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O projeto pela vacinação que agora conta com o governo do estado já atua no Paraná desde o início de 2021. Líder do comitê de empreendedorismo do Mulheres do Brasil em Curitiba há quatro anos, a diretora executiva da Lapidus Gestão, Regina Arns, vem desenvolvendo o projeto Unidos pela Vacina no Paraná desde janeiro. Ao lado dela, Artur Grynbaum, vice-presidente do conselho administrativo do Grupo Boticário, também tem representado o estado e acompanhado reuniões semanais do tema.
O projeto não propõe aquisição de vacinas, muito menos fabricação ou importação de doses. Sem ser partidário e também sem procurar culpados por falhas no processo de imunização, o Unidos pela Vacina quer agilizar o processo. O objetivo é fazer com que todos os municípios estejam preparados para a imunização em massa o quanto antes.
“Esse é o momento de unir forças e buscar soluções para os muitos problemas que temos enfrentado por causa do aumento do número de casos de Covid-19. Especialmente agora, com essa nova cepa, que já demonstrou ser muito mais transmissível”, afirmou o governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), ao aderir o estado ao Unidos pela Vacina.
No Paraná, o movimento já detectou necessidades para os 399 municípios acelerarem a vacinação a partir de ajuda da iniciativa privada. Foi constatado, por exemplo, que 80 prefeituras necessitam de reforço nos insumos e apoio logístico na aplicação da vacina. A Secretaria de Estadual de Saúde (Sesa) afirma que tem estoque suficiente para atender as demandas de itens essenciais, como seringas, agulhas e máscaras, de todas as cidades. Porém, afirma que toda ajuda da iniciativa privada é bem-vinda para complementar as necessidades dos municípios, como na entrega de termômetros e caixas térmicas, por exemplo.
Levantamento do Unidos pela Vacina também revelou que metade dos municípios paranaenses precisa ampliar a comunicação com a população sobre a importância da vacinação. Dessa maneira, já ficou pactuado ações conjuntas entre estado, prefeituras e iniciativa privada na divulgação de informações que ampliem a conscientização da imunização da Covid-19.
O projeto conta com o apoio de entidades como Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Associação Comercial do Paraná (ACP), seção estadual da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR), Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap) e Sistema Ocepar, entre outros.
Em Curitiba e região, várias empresas já confirmaram participação. O Grupo Paranaense de Comunicação (GPRCOM) tem participado de reuniões semanais, assim como representantes do Grupo Boticário. Durante os últimos dias, a Câmara Americana de Comércio (Amcham), a construtora MRV e mais diversas empresas também aderiram ao movimento.
Ações
O movimento Unidos pela Vacina funciona em três frentes. A primeira, liderada por Luiza Trajano, está na linha de frente da negociação em nível federal, falando com o Ministério da Saúde e outros setores do governo federal, além de líderes de partidos e as presidências do Congresso e Senado.
Outra frente é a pesquisa do Instituto Locomotiva, que está analisando 100% dos municípios do país para entender quais são os gargalos que possam existir em questão de infraestrutura, equipamentos, materiais para vacinação.
A terceira frente é a iniciativa “Adote um município”. “Com base na pesquisa, a gente vai articular com empresas, pessoas físicas, jurídicas, instituições, para que todos os insumos necessários sejam doados e quando a vacina chegar, o processo seja o mais rápido possível”, revela a líder Regina Arns.
Cada município recebeu um questionário do projeto, com perguntas sobre as principais necessidades estruturais e de insumos para que a vacinação aconteça. Pode ser falta de seringas, luvas, algodão, pode ser um toldo para uma vacinação drive trhu, por exemplo. Cada município deve enviar, respondendo ao questionário, quais são as principais dificuldades estruturais para a vacinação.
No Paraná, todos os 399 municípios responderam os questionamentos. “O Paraná está sendo um dos primeiros estados do Brasil a atingir essa meta. Para isso, um grupo de mulheres, empresárias, articuladas, ligaram para as prefeituras pedindo o retorno dessa pesquisa. Estamos com um time de analistas, apoio da Fiep, que estão debruçados nos resultados”, explica Regina Arns.
Você também pode ajudar
Pequenas, médias e grandes empresas, pessoas físicas, jurídicas, instituições podem colaborar com o Unidos pela Vacina. Para ser um fornecedor, ou se tiver interesse em adotar um município, basta enviar um e-mail para pr@mulheresunidaespelavacina.com.br ou preencher o formulário no site www.unidospelavacina.org.br.
A primeira versão deste conteúdo tinha um erro de digitação que impedia o acesso ao site do projeto Unidos Pela Vacina. Agradecemos ao leitor Rafael Ganascim pelo alerta.
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