Mosquito Aedes Aegypti, transmissor da dengue.| Foto: Raul Santana/Fiocruz Imagens
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Com 88 mortes contabilizadas pela dengue no Paraná em todo o período epidemiológico da doença, que terminou no dia 30 de julho, foi registrado quase o triplo de mortes a mais do que no período anterior. No ciclo 2020-2021, a doença fez 32 vítimas.

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Todos os outros indicadores tiveram aumento expressivo em relação à doença no estado. Foram registrados cinco vezes mais casos confirmados - 132 mil no período recém finalizado contra próximo a 28 mil no ciclo anterior. Os casos severos também subiram de 325 para 2.817, o que denota um retorno da preocupação com a doença. Em 2019-2020 o estado teve os piores números da epidemia de dengue, com 177 mortes. A moléstia deu uma trégua no período seguinte, mas agora voltou a causar preocupação.

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Dos casos confirmados neste ano, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa), consultada pela Gazeta do Povo, 120 mil foram autóctones, ou seja quando a dengue foi contraída no município de residência do paciente. Ao final, a incidência desse tipo de casos a cada 100 mil pessoas chegou a 1.050 neste período, que teve início em 1º de agosto de 2021, o que significa que um a cada 100 paranaenses contraíram dengue na cidade de residência. No período anterior, esse número era de 1 a cada 500 habitantes do estado.

O fim do período epidemiológico coincide com os meses de inverno, que costuma ter uma redução dos casos prováveis e confirmados. “Porém, muitos municípios ainda apresentam continuidade na transmissão da dengue, pelo inverno atípico com temperaturas elevadas”, explica a Sesa. O novo período epidemiológico terá início daqui duas semanas.

Neste intervalo de redução de casos e começo de um novo período epidemiológico, a Sesa afirma ter sensibilizado e mobilizado os municípios para revisão e atualização de seus Planos Municipais de Ação e Contingência, para um controle integrado e maior planejamento ao enfrentamento da dengue e também de outras arboviroses. Os municípios com casos autóctones somaram 315, contra 247 do período anterior e 312 em 2019-2020.

O maior número de óbitos foi registrado em Cascavel, com 18 casos; seguido de Maringá, com 13; e Foz do Iguaçu e Toledo, ambos com 11; além de Londrina, com 10. Cascavel também liderou o número de casos confirmados, com mais de 21 mil; seguido de Francisco Beltrão e Toledo, com 18 mil e 17 mil casos.

Entre os sorotipos mais encontrados pela vigilância epidemiológica entre os quatro tipos existentes no país, o DEN1 representou 93% do casos, mais do que os 63% vistos no período de 2020-2021, que também teve participação importante do sorotipo DEN2, com 38% das amostras. No período de maior mortalidade, em quase 80% dos casos de dengue foram encontrados o sorotipo DEN2.

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Ação de combate ao mosquito são contínuas

Segundo a Sesa, as ações de combate ao mosquito precisam ser contínuas no que se refere a sensibilização social e limpeza urbana para o controle do mosquito Aedes aegypti, evitando o acúmulo de água pela população de forma inadequada e a não eliminação dos potenciais criadouros como lixo, pneus, garrafas, vasos de plantas favorecem a manutenção do vetor,

“É importante que a população busque os serviços de saúde caso apresente sintomas característicos da doença, pois o manejo clínico oportuno reduz a chance de agravamento dos casos e consequentemente, dos óbitos. Os idosos devem ter um cuidado ainda maior, pois este é o grupo que tem mostrado maior fragilidade para a doença”, afirma a Sesa.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]