Segunda-feira (8), a fila por um leito para tratamento de Covid-19 bateu em 1.071 pacientes. Pela primeira vez, o estado ultrapassou a marca de mil pessoas à espera de internação, volume que, segundo a própria Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), pode levar até um mês para ser zerada se mais nenhuma infecção por coronavírus fosse registrada.
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“Se não houvesse mais nenhuma contaminação a partir de hoje, essa demanda seria atendida com adequação no prazo de três a quatro semanas. Seria inviável zerar essa fila em muito pouco tempo”, avalia o gestor em Saúde da Sesa, o médico Vinícius Filipak, em entrevista ao jornal Meio Dia Paraná, da RPC, nesta terça-feira (9).
Filipak ressalta que é necessário frear o avanço muito acelerado do coronavírus para aliviar o sistema hospitalar, que desde a semana passada está entrando em colapso. Em algumas cidades, como Cascavel, os médicos já estão tendo de escolher quais pacientes vão tentar salvar por causa da completa falta de vagas nos hospitais.
O Paraná é disparado o estado com transmissão mais acelerada em todo o Brasil. De acordo com o Farol Covid, plataforma com estatísticas públicas da pandemia em todo o Brasil, o estado alcançou segunda-feira média móvel de 96,94 pessoas infectadas por 100 mil habitantes nos últimos sete dias. O segundo lugar é Rondônia, com 70,98 infecções por 100 mil habitantes, seguido pelo estado vizinho de Santa Catarina, com média de 66,79 casos por 100 mil habitantes em sete dias.
“É necessário haver uma parada dessa contaminação. Caso contrário, essa equalização [entre demanda e número de leitos] não será possível”, enfatiza Filipak.
Apesar do contágio acelerado em todo o estado, o governo do Paraná decidiu flexibilizar as atuais medidas restritivas. A partir das 5h desta quarta-feira (10), o comércio volta a abrir com horário mais reduzido e as escolas poderão retornar com as aulas presenciais, desde que tenham apenas 30% de ocupação nas salas.
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