O preço da tarifa base de pedágio do terceiro lote das rodovias do Paraná deve variar entre R$ 9,75 e R$ 11,53 para automóveis, acrescidos da inflação do período entre o edital de concessão à iniciativa privada e o início da cobrança. Os valores são o resultado do desconto oferecido pela CCR, empresa que venceu o leilão nesta quinta-feira (23) na Bolsa de Valores de São Paulo (B3), sobre a tarifa básica estipulada no edital da concessão, de R$ 0,14596 por quilômetro.
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O modelo do leilão promovido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para as rodovias do Paraná atrelava a melhor proposta ao preço do pedágio. Com quatro concorrentes no certame, o desconto chegou a 26,6% — além da CCR, participaram EPR, Grupo Pátria e o consórcio 4UM/Opportunity.
Nos lotes 1 e 2 das novas concessões de rodovias do Paraná, leiloados em 2023, os abatimentos foram de 18,25% e 0,08%, respectivamente. O lote 1 foi arrematado pelo Grupo Pátria, e o 2, pela EPR.
Cobrança de pedágio nos trechos rodoviários do lote 3 tem previsão para maio de 2025 - mas ainda não há data definida.
Com base no desconto oferecido pela CCR, o preço do pedágio a ser praticado no lote 3 do Paraná, para automóveis, deverá ter a seguinte variação:
- PR-323 (Sertaneja) - R$ 10,62 + inflação
- BR-376 (Mauá da Serra) - R$ 9,75 + inflação
- BR-376 (Ortigueira) - R$ 11,53 + inflação
- BR-376 (Imbaú) - R$ 11,53 + inflação
- BR-376 (Tibagi) - R$ 11,53 + inflação
- BR-376 (Witmarsum) - R$ 10,86 + inflação
- PR-445 (Londrina) - R$ 9,75 + inflação
No caso de caminhões com oito eixos — a categoria mais cara —, os preços estimados são:
- PR-323 (Sertaneja) - R$ 84,97 + inflação
- BR-376 (Mauá da Serra) - R$ 77,98 + inflação
- BR-376 (Ortigueira) - R$ 92,25 + inflação
- BR-376 (Imbaú) - R$ 92,25 + inflação
- BR-376 (Tibagi) - R$ 92,25 + inflação
- BR-376 (Witmarsum) - R$ 86,91 + inflação
- PR-445 (Londrina) - R$ 77,98 + inflação
De acordo com a ANTT, ainda não há uma data exata para o início da cobrança da tarifa de pedágio das rodovias do lote 3. A assinatura do contrato deve ocorrer até 2 de abril de 2025 e, seguindo o que ocorreu com os dos primeiros lotes, a cobrança pode começar em maio de 2025.
No edital, a ANTT obriga a concessionária a realizar algumas intervenções antes de autorizar o início da cobrança, como eliminar buracos na pista, contar com sinalização horizontal e vertical completas e fazer a retirada de vegetação rasteira em vias de acesso, trevos, postos de paragem e praças de pedágio.
No contrato a ser assinado entre a CCR e a ANTT, há a previsão de que usuários que usarem tags como meio de pagamento tenham desconto de 5% na tarifa.
Duas novas praças de pedágio serão implantadas
O terceiro lote das rodovias do Paraná conta com sete praças de pedágio, sendo que duas delas são novas. A primeira ficará no km 290 da BR-376, em Mauá da Serra, a cerca de 1,2 quilômetro do entroncamento com a PR-445. Já o segundo ponto de cobrança ficará na própria PR-445, no sentido Londrina, a dois quilômetros da conexão com a BR-376.
As demais praças seguem inalteradas, da forma como foram deixadas pela concessão anterior, encerrada em novembro de 2021. Elas estão localizadas em Sertaneja (PR-323), Ortigueira (BR-376), Imbaú (BR-376), Tibagi (BR-376) e Witmarsum (BR-376).
A nova concessionária também poderá adotar o sistema de cobrança sem cancelas, também conhecido como free flow. Nesse modelo, equipamentos instalados em pórticos em pontos estratégicos das rodovias leem as informações dos veículos que passam, seja de forma automática para quem tem tags ou pela placa do veículo — neste caso o motorista precisa entrar no site da concessionária para efetuar o pagamento.
Utilizado em mais de 20 países, como Estados Unidos, Itália, Noruega, Suíça, China e Chile, o sistema começou a funcionar no Brasil em 2023 na rodovia Rio-Santos (BR-101). Hoje, estradas de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e São Paulo usam esse modelo. No Paraná, a Via Araucária está realizando testes em parceria com a Velsis no quilômetro 138 da BR-277, em São Luiz do Purunã.
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