Em assembleia por videoconferência realizada na tarde desta sexta-feira (27), 43 prefeitos ligados à Associação dos Municípios do Oeste do Paraná (Amop) decidiram, por unanimidade de votos, pela reabertura gradual do comércio nas cidades da região a partir da próxima quarta-feira (1º).
A decisão vai na contramão de recentes decretos assinados pelo governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), e que impõe restrições a serviços considerados não essenciais, na tentativa de reduzir a infecção pelo novo coronavírus.
A Gazeta do Povo entrou em contato com o governo do Paraná, neste sábado (28), e recebeu a seguinte nota: "O Governo do Estado está em contato permanente com os municípios e orientando qual a recomendação do que deve funcionar no Paraná. As medidas são amparadas nas normas nacional e estadual vigentes".
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Regras locais
De acordo com a Amop, “para que a reabertura do comércio ocorra, as prefeituras devem respeitar uma série de recomendações para que o procedimento seja desencadeado de forma segura e respeite todos os protocolos de controle de fluxo de pessoas e higiene exigidos pelas autoridades sanitárias”. A Amop destaca, contudo, que recomenda a permanência da suspensão das aulas e incentivar para que pessoas do grupo de risco permaneçam em suas casas.
“É preciso que cada município elabore um plano de contingenciamento específico, que visa a apresentação clara de responsabilidades e precauções sanitárias que cada empreendedor precisa a adotar. Não é hora de agir no impulso. Estamos agindo com racionalidade. São duas finalidades essenciais: a preservação da saúde e a retomada das atividades econômicas, com prevenção e responsabilidade”, disse o prefeito de Jesuítas e presidente da Amop, Junior Weiller.
Por causa da pandemia da Covid-19, a Amop calcula uma queda nos recursos federais do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), principal fonte de arrecadação da maioria das prefeituras do Paraná, especialmente as de pequeno e médio portes. “Não podemos comprometer a estabilidade econômica, que garante a manutenção de todos os serviços públicos, inclusive a existência humana”, disse Weiller.
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