A prefeitura de Curitiba admite que pode mudar da bandeira amarela para laranja, com mais restrições, nesta sexta-feira (27), quando serão analisados dados mais recentes do novo avanço da pandemia de coronavírus.
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“Estamos acompanhando os casos diariamente e aumentou, aumentou muito. Tudo é possível para que haja mudança de bandeira amanhã [sexta]”, aponta o diretor do Centro de Epidemiologia da prefeitura, Alcides Oliveira, em entrevista ao Meio Dia Paraná, da RPC, nesta quinta-feira (26). O anúncio de mudança ou não, entretanto, será feito somente sexta-feira.
Curitiba vem batendo recordes seguidos nos últimos dias de novos casos e internamentos por Covid-19. Só quarta-feira (25), a capital teve 1.597 novos casos em um único dia, com 11 mortes. No mesmo dia ainda atingiu a marca preocupante de 94% de ocupação de UTIs exclusivas de coronavírus, com apenas 15 leitos disponíveis.
Nesta quinta, mais um hospital deixou de receber pacientes com coronavírus, o Instituto de Neurologia de Curitiba (INC). Desde domingo (22), quatro hospitais particulares colapsaram no atendimento de pacientes de Covid-19: Nossa Senhora das Graças, Sugisawa, Marcelino Champagnat e agora o INC.
Tal quadro forçou a prefeitura a suspender quarta-feira cirurgias eletivas – sem urgência – nos hospitais particulares para reforçar os leitos de coronavírus, decisão que já havia sido tomada semana passada em 12 hospitais que atendem pelo SUS. Além disso, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) reabriu 38 leitos de UTI de Covid-19 em Curitiba, no Hospital de Reabilitação.
Critérios das bandeiras
Desde agosto, a prefeitura de Curitiba vem sendo questionada na Justiça pelo Ministério Público do Paraná (MP) pelos critérios para adoção das bandeiras na pandemia. Em nota ao Meio Dia Paraná nesta quinta, o MP reforçou que os critérios da prefeitura de Curitiba “podem ser considerados mais frouxos em comparação com critérios de outras entidades”, citando os parâmetros do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems).
Quarta-feia, a secretária municipal de Saúde de Curitiba, Márcia Huçulak, rebateu o questionamento do MP. “Os parâmetros são claros, matemáticos e publicados diariamente. É uma conta matemática. Felizmente, ninguém aqui tem o poder de puxar a bandeira para lá ou para cá”, defendeu-se Márcia Huçulak, também em entrevista à RPC.
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