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Metade da próxima safra de grãos do Brasil, que ainda nem foi plantada, já está vendida: e como fica o boicote?
| Foto: Michel Willian/Arquivo/Gazeta do Povo

A estiagem prolongada segue causando estragos no campo paranaense. Nesta quinta-feira (27), o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento do Paraná (Seab), apontou que as perdas com a quebra de safra de grãos no Paraná podem causar um prejuízo de até R$ 30 bilhões para os produtores paranaenses.

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Os dados são da primeira Previsão Subjetiva de Safra (PSS) de 2022, um levantamento com a estimativa da produção do agronegócio estadual. O documento confirma a situação preocupante, sobretudo na produção de soja, milho e feijão, que o Deral vinha observando em boletins semanais. A quebra de safra levou o estado a pedir ajuda ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no início do mês.

Segundo os dados do departamento, há perda de mais de 8 milhões de toneladas de soja, o que equivale a 39% do previsto inicialmente (21 milhões de toneladas). “A produção estimada atualmente é de 12,8 milhões de toneladas”, aponta o órgão. Como comparativo, a safra 2020/2021 foi de 19,8 milhões de toneladas. A redução é de 35%.

Na produção de milho, a quebra estimada é de 36%. O estado deverá ter baixa de 1,6 milhão de toneladas das 4,3 milhões que esperava para a safra. A redução em relação ao ciclo anterior é de  13%.

O feijão teve uma quebra levemente menos acentuada. Ainda assim, os produtores que esperavam colher 275,7 mil toneladas vão ter que se contentar com 190,4 mil toneladas – uma redução de 31% sobre a expectativa e de 26% na comparação com o ciclo anterior.

Para o Deral, a quebra está ligada à estiagem, que dura desde 2019, e o calor intenso nas regiões produtoras. “Conforme vínhamos nos posicionando desde final de dezembro, há um efeito negativo intenso na produção agrícola, nós perdemos muita produção com essa estiagem prolongada, essa escassez hídrica, essas altas temperaturas no ambiente, no solo, provocaram perdas de elevada monta em culturas como soja, milho, feijão, tabaco, produção de silagem para alimentação de gado de leite, produção de hortaliças, de frutas, pastagens, enfim, toda forma de vegetação sofreu e sofre”, disse em comunicado o secretário da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

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