Questionado sobre vacinas contra o coronavírus no Paraná, o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, disse nesta sexta-feira (12) que o governo estadual “não parou de dialogar com laboratórios”, mas reforçou que hoje cabe ao Ministério da Saúde comprar os imunizantes e que é preciso “pressionar” o governo federal para que isso aconteça. “Aqui no Paraná nós temos que fortalecer a nossa cobrança junto ao Ministério da Saúde para que o programa nacional de imunizações aconteça de verdade. Hoje o grande player de compra de vacinas no Brasil não é o Paraná, não é o município de Curitiba, nem de Londrina. É o Ministério da Saúde, que compra para 210 milhões", afirmou ele, durante entrevista ao Meio Dia Paraná, da RPC.
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"Temos que pressionar o governo federal, o Ministério da Saúde, para que realmente faça a compra acontecer. Vacina na mão dos estados, que nós levamos para os municípios”, reforçou ele. “Temos que parar de perder tempo com briga daqui e ali e ir atrás de buscar vacina e colocar na mão dos estados, que nós vamos fazer a vacinação”, acrescentou Beto Preto.
A mais recente carta aberta dos governadores de estados encaminhada ao presidente Jair Bolsonaro, na qual são cobradas medidas do governo federal de enfrentamento à Covid-19, é endossada por 21 chefes do Executivo. O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), não assina a carta. No documento, divulgado na quarta-feira (10) e chamado de “pacto nacional em defesa da vida e da saúde”, os governadores pedem, entre outras coisas, a “expansão da vacinação, com pluralidade de fornecedores, mais compras e busca de solidariedade internacional, em face da gravidade da crise brasileira”.
Até esta quinta-feira (11), o Paraná recebeu mais de 1 milhão de vacinas do Ministério da Saúde e aplicou uma primeira dose em 450.589 pessoas. Deste grupo, 149.832 pessoas também já receberam a segunda dose. A soma de 450.589 representa cerca de 10% do grupo considerado prioritário, que é formado no total por mais de 4 milhões de pessoas. No plano estadual de vacinação, a expectativa é vacinar todo o grupo prioritário até o final de maio, com duas doses. Mas, para isso, o Paraná precisaria receber mais 7 milhões de doses, aproximadamente, para cumprir o ciclo completo de vacinação no grupo prioritário, dentro do prazo.
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