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Prisão em segunda instância: Lira diz que projeto de lei não é melhor caminho para retomar discussão

Arthur Lira durante passagem pelo Show Rural, em Cascavel
Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, participou da 35ª edição do Show Rural, no oeste do Paraná (Foto: Divulgação/Show Rural)

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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas), disse que a rediscussão sobre a prisão em segunda instância é polêmica e que não pode ser feita por projeto de lei. A declaração foi dada nesta quinta-feira (9), durante visita à 35ª edição do Show Rural, em Cascavel, no oeste do Paraná.

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O assunto voltou à discussão depois que o senador pelo Paraná Sergio Moro (União Brasil) manifestou interesse em desarquivar o projeto de lei  (PLS 166/2018), que determina prisão após condenação em segunda instância.

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Questionado pela reportagem da Gazeta do Povo se já possui opinião formada sobre o tema, o presidente da Câmara considerou que se trata de uma discussão a ser amplamente debatida em plenário, de maneira adequada, e não por um projeto de lei. “É uma discussão que dá sempre muita polêmica, não pode ser feita por projeto de lei e precisa ser debatida, discutida em plenário”, respondeu.

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O PL que Moro quer trazer novamente à pauta chegou a ser aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado, de onde seguiria à Câmara dos Deputados, mas houve recurso para que a proposta fosse votada em plenário, não avançando mais nas discussões.

Vinculação do controle de atividades financeiras

Arthur Lira também falou sobre a polêmica envolvendo o Conselho de Controle de Atividade Financeira (Coaf). Lira disse que não se importa em que pasta o órgão fique vinculado, desde que cumpra seu papel fiscalizador.

Em janeiro, o Coaf voltou para o Ministério da Fazenda por iniciativa do Executivo federal. No contrapé, a primeira emenda parlamentar apresentada pelo senador Sergio Moro e outra proposta apresentada pelo deputado federal, também pelo Paraná, Deltan Dallagnol (Podemos) pedem que o Coaf volte para o guarda-chuva do Banco Central.

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“No passado havia uma perspectiva, inclusive, do atual senador Moro de querer levar o Coaf para o Ministério da Justiça. O Congresso não concordou. O Coaf é um órgão técnico que precisa funcionar como um excelente árbitro de futebol. O bom árbitro não tem a mãe xingada e ninguém nem lembra que ele existe, passa despercebido. É como precisa ser o Coaf, um órgão técnico que precisa ir atrás de operações irregulares, não atrás de pessoas”, afirmou.

Para o presidente da Câmara, é imprescindível que ele siga o rito que se dispôs a fazer. “Então tanto faz, no meu ponto de vista, se ele ficar no Banco Central ou Ministério da Economia [Fazenda].  Nós votamos anteriormente a lei para que ele fosse, em vez do Ministério da Justiça para o Ministério da Economia [no governo Bolsonaro] e entre o ministro Paulo Guedes e o presidente Roberto Campos [Banco Central], ele foi designado para o BC. Agora, segundo conversas que me foram passadas, o ministro Haddad [Fernando Haddad da Fazenda] e o próprio Roberto Campos acordaram para que o Coaf pudesse voltar para o Ministério da Economia”, concluiu Lira.

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