• Carregando...
Indústria – fábrica – mecânica – usinagem – tornearia – retífica – maquinas – torno – freza – fresa – mecânica industrial – metalurgico – metalurgica – maquinas e equipamentos industriais – Delsoto Usinagem de Peças Industriais, em São José dos Pinhais – indústria automotiva – maquina pesada – economia – inflação –
Indústria paranaense teve retração em relação a janeiro de 2021, mas ainda tem ano positivo.| Foto: Albari Rosa/Arquivo/Gazeta do Povo

Seguindo a tendência nacional, a produção industrial do Paraná encolheu 3,7% em janeiro de 2022, em comparação com o mesmo mês de 2021. No Brasil, a retração foi de 7,2%. Das 15 regiões analisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), só quatro cresceram: Mato Grosso (43%), Espírito Santo (5,4%), Rio de Janeiro (2,8%) e Goiás (2,1%). Em relação aos vizinhos do Sul, o Paraná ainda teve o melhor desempenho, visto que Santa Catarina registrou -9,7% e o Rio Grande do Sul, -6,3%.

Receba as principais notícias do PR em seu celular

No acumulado dos últimos 12 meses, a indústria paranaense ainda apresenta crescimento, de 7,8%. É o terceiro melhor resultado, abaixo apenas de Santa Catarina (8,5%) e Minas Gerais (8,3%). O país teve alta de 3,1% no mesmo período.

Segundo o economista da Federação das Indústrias do Paraná (Fiep), Evânio Felippe, até agosto de 2021 o setor vinha em uma retomada forte, mas perdeu fôlego, apontando tendência de queda. “Isso se deve em parte à escassez e alta considerável nos insumos e matérias-primas para produção, que têm pressionado os custos das empresas e, consequentemente, desacelerado o ritmo de trabalho nas fábricas”, avalia.

Conflito na Ucrânia cobrará seu preço nos próximos meses

O cenário deve ficar ainda pior nos próximos meses. Embora a expectativa fosse melhor para 2022, com o controle da pandemia, e a retomada de serviços e comércios, o conflito no Leste Europeu deve ter reflexo nos custos e na produção. “A atividade industrial vai sofrer o impacto da alta no preço dos insumos no mercado internacional e vai ter que se adequar tanto em relação à escassez e problemas logísticos quanto a custos mais elevados para compra desses produtos", explicou Evânio Felippe. "Isso pode comprometer não só o ritmo de produção quanto a geração de empregos e os investimentos previstos no planejamento das empresas para este ano. O impacto deve ser sentido em outros segmentos da cadeia industrial”, analisa o economista.

Com relação aos empregos, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), em janeiro o saldo da indústria do Paraná foi positivo: 5.928 novas vagas - número inferior ao de São Paulo (20.385), Santa Catarina (12.842), Rio Grande do Sul (7.484). A marca paranaense é também bem inferior à do mesmo mês de 2021, quando foram abertos 8.987 postos de trabalho - o resultado é uma queda de 34%. Nos últimos 12 meses, foram 41.280 novos empregos no setor.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]