A minuta de uma resolução da Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed), que está em discussão e ainda não foi publicada, prevê escalas para funcionários administrativos e de serviços gerais da rede estadual de ensino do Paraná, para auxiliarem em atividades de suporte nos colégios. O conteúdo da resolução chegou à APP-Sindicato, que o divulgou para a imprensa. A Gazeta do Povo publicou inicialmente que professores seriam convocados, mas a Seed assegura que isso não vai acontecer. Por isso, o texto foi alterado após contato da pasta no início da noite.
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De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação, a resolução estava sendo debatida para normatizar a convocação de pessoal para apoiar em atividades que estão sendo eventualmente desempenhadas nas escolas, como entrega de kits de merenda e de material didático para quem não tem acesso ao conteúdo virtual. Pela normativa, os funcionários administrativos dos colégios ficariam obrigados a trabalhar em momentos específicos, quando convocados pela direção do colégio. A resolução ainda não foi concluída e, portanto, ainda não foi publicada em diário oficial.
Além disso, a minuta previa que aqueles funcionários que fazem parte de grupo de risco, como hipertensos e diabéticos, devem apresentar atestado médico para que não sejam incluídos nas escalas temporárias. O documento prévio também mencionava que, no retorno à normalidade, será necessário um nivelamento do aprendizado dos alunos, com eventuais aulas de reforço.
As escolas estão sem expediente desde 20 de março por causa da pandemia do novo coronavírus. Desde o início de abril, o governo estadual instituiu um sistema de aulas à distância, transmitindo os conteúdos pela internet e pela TV.
De acordo com a APP-Sindicato já há, de fato, uma movimentação de equipes pedagógicas nas escolas porque muitos professores não dispõem dos equipamentos necessários para a elaboração das aulas. Além disso, foi estabelecido informalmente que os estudantes que não têm acesso aos conteúdos passados à distância devem buscar materiais impressos a cada 15 dias nas escolas.
A estimativa do sindicato é de que apenas 20% dos estudantes têm acesso pleno às aulas à distância. “Dos cerca de 70% que têm acesso a equipamentos para assistir às transmissões, há uma série de outras dificuldades”, explica o presidente Hermes Leão. “Situações em que na mesma casa há três, quatro crianças de idades diferentes, que estudam em escolas diferentes, por exemplo.”
O secretário estadual de Educação, Renato Feder, por sua vez, disse recentemente que a adesão dos alunos ao sistema é cada vez maior. O sindicato defendia que o calendário letivo fosse suspenso e que o contato dos alunos com a comunidade escolar se desse com atividades complementares, culturais e lúdicas, por meio de campanhas de rádio e TV, sem o conteúdo formal em si e sem que houvesse necessidade de movimentação.
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