Um projeto de vigilância genômica lançado pela Dasa já identificou três casos de infecção pela variante do coronavírus B.1.617, conhecida como delta ou indiana, em 254 amostras do Paraná. Os casos são de Curitiba, Cascavel e Matinhos e todas as amostras são da primeira quinzena de junho. De acordo com a Dasa, as autoridades sanitárias do Paraná foram informadas sobre os três casos nesta terça-feira (27). Procurada pela Gazeta do Povo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informou que ainda “não foi notificada oficialmente sobre esses casos”. Nesta quarta-feira (28), a Sesa confirmou mais 16 casos identificados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), somando, portanto, 29 casos no total, com 12 mortes.
Além disso, a Sesa também confirmou nesta quarta-feira (28) a transmissão comunitária da Delta no Paraná - quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, entre indivíduos sem histórico de viagem e sem que seja possível definir a origem da transmissão. O primeiro caso da delta registrado no Paraná foi divulgado em 2 de junho pela Sesa – uma mulher com 71 anos, moradora da cidade de Apucarana, e infectada em abril. A Organização Mundial de Saúde (OMS) classificou a delta como "variante de atenção/preocupação" por ser mais transmissível do que outras linhagens.
“Mas a predominância atual ainda é da cepa gama (P1/amazônica), que apareceu em janeiro”, informou a Sesa. A pasta tem enviado amostras para a Fiocruz fazer o sequenciamento genético, já que isso não é feito pelo Laboratório Central do Estado (Lacen), ligado ao governo paranaense.
A Dasa, que é uma rede privada de saúde integrada, informou que continuará fazendo sequenciamento genético com amostras do Paraná. A empresa lançou um projeto de vigilância genômica que pretende acompanhar a evolução do SARS-CoV-2 em todo Brasil. Batizado de Genov, a ideia é sequenciar 30 mil genomas completos do coronavírus em até 12 meses (3 mil amostras/mês). Os resultados serão divulgados mensalmente no GISAID, banco de dados científico global que fornece acesso aberto a dados genômicos de vírus influenza e coronavírus.
Sem registrar ainda os três casos encontrados pela Dasa, a Sesa confirmou 29 casos no total, com 12 mortes, nas seguintes cidades: Apucarana, Curitiba, Piên, Fernandes Pinheiro, Araucária, Piraquara, São José dos Pinhais, Mandaguari, Irati, Imbituva, Colombo, Pinhais, Fazenda Rio Grande, Campo Mourão, Francisco Beltrão e Rolândia.
Curitiba
A prefeitura de Curitiba também divulgou informações nesta quarta-feira (28) sobre os três novos casos de delta identificados na cidade. Até agora, havia apenas um registro. O primeiro caso, divulgado em 19 de julho, foi de uma gestante, de 24 anos, que passa bem. “Entre os três novos casos está o de uma mulher de 43 anos, que foi hospitalizada, recebeu alta e passa bem. Os outros dois casos são de uma mulher de 38 anos e um homem de 83 anos. Ambos tinham histórico de comorbidades e foram a óbito”, informou a prefeitura.
“Os três novos casos não tinham histórico de viagem recentes, mas seus contatos estão sendo analisados. Em relação à vacina, apenas o homem de 83 anos tinha uma dose do imunizante realizada. Os demais não haviam sido vacinados”, acrescentou.
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