Escolas da Ilha do Mel, no Litoral do Paraná, recebem o projeto Baías, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Em um braço desse programa educativo, profissionais da UFPR refazem a estrutura de esgoto de escolas, além de ensinarem aos alunos conceitos básicos de saneamento. A ideia é incentivar a conscientização sobre os processos que envolvem o esgoto do município, que hoje é um problema não apenas da Ilha do Mel, mas de todo o litoral do estado.
De acordo com a professora Tamara Simone van Kaick, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), parceira convidada para executar o projeto da UFPR, as estruturas usadas para saneamento nas praias do Paraná não estão de acordo com o solo da região.
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Em sua tese de doutorado, a professora descreveu a situação nas áreas litorâneas e rurais, apontando os problemas e buscando saídas. Algumas soluções já estão sendo aplicadas em uma escola da praia de Encantadas, na Ilha do Mel. No quintal onde as crianças brincavam, os pesquisadores encontraram dez fossas mal feitas que, além de poluírem o meio ambiente, colocavam em risco a saúde da população. “Tinha muita barata em uma situação insalubre e com forte odor”, explica a professora.
Agora, foram instalados dois sistemas que trabalham no tratamento de esgoto da escola. Um deles é um biodigestor na altura ideal para o lençol freático da região, que tem três câmaras digestoras. Ao mesmo tempo, funciona um filtro biológico de evapotranspiração. Ele recebe o esgoto tratado pelo biodigestor que está enterrado a pouco mais de um metro de profundidade e essa água tratada passa para a atmosfera em forma de vapor. “É um conjunto novo que ainda não foi aplicado em nenhum outro lugar”, conta Tamara.
Ideia será replicada em Nova Brasília
O próximo passo do programa é reformar o tratamento de esgoto de uma escola da praia de Nova Brasília. Essa segunda etapa começa no próximo dia 29. Por enquanto, é praticamente inviável realizar reformas no saneamento de mais pontos da Ilha do Mel e de outras praias do Paraná. Isso porque executar o projeto é custoso. “Precisamos de balsas para levar os materiais e muita mão de obra”, explica a professora.
A ideia é que, através do que está sendo ensinado nas escolas de Encantadas e Nova Brasília, a própria população comece a buscar novas soluções. “Se eles conseguirem internalizar esses conhecimentos que estamos passando, eles mesmos vão poder replicar a ideia”, conclui Tamara.
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