Depois de ventilar a ideia de incluir prova e banca no Processo Seletivo Simplificado (PSS) de professores temporários, o governo do estado voltou atrás e decidiu manter as regras que já estavam em vigor. Com isso, os professores que serão contratados para 2020 serão selecionados por uma prova de títulos que considera escolaridade, tempo de serviço e aperfeiçoamento profissional, como vinha acontecendo.
A decisão foi anunciada em reunião entre representantes da Secretaria de Estado da Educação (Seed) e do Esporte e da APP-Sindicato, entidade que representa os professores e servidores da rede estadual de ensino, realizada na quinta-feira (08). De acordo com o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, o tema e a decisão são de extrema importância. “Estamos falando de 20 mil professores que já tem contratos precários, sem direitos como FGTS e atendimento à saúde como os demais servidores. O governo vinha anunciando um processo muito parecido com um concurso com prova e banca para contratar profissionais para atuar por apenas um ou dois anos. Na greve, uma das pautas era a manutenção dos atuais critérios e a abertura de concurso público”, diz.
Além de acatar o pedido da APP-Sindicato para não alterar o processo seletivo agora, o governo se comprometeu a estender os contratos dos temporários que já estão atuando no ensino estadual para poder reformular o PSS em parceria com representantes dos professores estaduais. “Vamos ter uma prorrogação dos contratos dos professores que estão atualmente atuando pelo PSS até julho de 2020. A partir daí temos como objetivo estar aplicando o novo modelo que vamos construir”, explica o chefe de gabinete da Seed, Josimar Bochine. Assim, o processo seletivo que será aberto no fim do ano deve contemplar apenas disciplinas de cursos novos.
Para essa reformulação foi criado um grupo de trabalho para discutir propostas para o novo PSS. Além disso, o grupo vai debater os detalhes para a contratação de professores efetivos para a rede estadual. Por enquanto, ainda não há previsão para a seleção, mas este deve ser o foco principal da APP-Sindicato. “Vamos defender sobretudo a realização de concurso público”, diz Leão.
O primeiro encontro do grupo, que terá reuniões mensais, está marcado para 28 de agosto. Devem ser oito membros, embora os integrantes não sejam fixos. “De acordo com os assuntos de cada reunião, serão chamadas pessoas especializadas. Acho que em um ano conseguimos montar um trabalho bem legal com eles”, avalia Bochine.
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