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Pedágio no Paraná
Governo do Paraná busca acordo com governo federal para seguir com modelo de concessão de rodovias.| Foto: AEN

O PT do Paraná reagiu à divulgação da informação pelo governo do Estado de que um acordo havia sido selado nesta quinta-feira (19) com o Ministério dos Transportes para a manutenção do modelo proposto de concessão das rodovias.  “O ministério informou que as negociações avançaram, mas não há nenhum acordo”, disse o presidente do PT do Paraná, Arilson Chiorato,  que também preside a Frente Parlamentar do Pedágio no Estado.

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Sobre a reunião com o governo do Paraná, o ministro dos Transportes, Renan Filho, afirmou que “o esforço é manter o cronograma e garantindo o leilão por menor preço de tarifa com a garantia de obras que melhorem a infraestrutura de transportes do Estado. A gente espera conseguir encontrar um caminho para publicar esse edital, que vai possibilitar um dos maiores leilões rodoviários do Brasil, o maior no momento, e assim impulsionar o desenvolvimento do Paraná”.

Novo modelo terá tarifas mais elevadas, diz deputado

Segundo o deputado Arilson Chiorato, a Frente Parlamentar do Pedágio teve reunião no dia 6 de janeiro com o novo governo federal e alertou que o modelo proposto por Ratinho, com exigência de aporte de recursos, vai limitar o desconto a ser ofertado pelas concessionárias no leilão e, dessa forma, elevar a tarifa. O deputado informou que uma nova reunião, de caráter mais técnico, entre a Frente Parlamentar e a equipe do Ministério dos Transportes deve acontecer na próxima quinta-feira (26) para tratar do assunto.

Para o petista, se for aprovado da forma como o governo do Paraná propõe, “o pedágio custará mais caro do que na época do Jaime Lerner. Na época, custava R$ 19 a cada 100 quilômetros rodados, a proposta do Ratinho eleva para R$ 21. Nós defendemos entre R$ 10 e R$ 12”.

Gleisi Hoffmann garante que haverá mudanças no modelo de pedágio

Em sua conta no twitter, a deputada federal pelo Paraná, Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, escreveu nesta sexta-feira (20): “muito boa a reunião com o ministro dos Transportes Renan Filho. Vamos ter mudanças no modelo de concessão para assegurar tarifa menor, nosso compromisso com o povo. Se isso é ser caipira, somos Pirapora”.

A deputada fez referência à expressão ‘pedágio caipira’, usada pelo governador Ratinho Junior para se referir ao pedágio de manutenção, sem obras de infraestrutura. A reportagem da Gazeta do Povo procurou a deputada Gleisi Hoffmann, mas não teve retorno.

Novos contratos, mesmas concessionárias

O deputado estadual Requião Filho (PT-PR) também se manifestou sobre o assunto. Segundo ele, a proposta do governo do Paraná, que prevê a inclusão de 15 novas praças de pedágio,  beneficia as mesmas concessionárias que atuaram nas últimas décadas e não cumpriram todo o contrato.

“Como teremos a garantia de que isso será realizado agora? E quem vai cobrar o que elas não fizeram? O Paraná terá esse dinheiro de volta? Quanto a mais o povo terá que pagar novamente para ter as obras prometidas?”, questionou Requião Filho.

Aporte pode limitar desconto na tarifa, diz PT

De acordo com o modelo proposto pelo governo do Paraná, vence o leilão a concessionária (ou o consórcio de concessionárias) que oferecer o maior desconto na tarifa. Para vencer, o concorrente precisa, além do desconto, realizar um aporte financeiro, na mesma proporção do desconto, o que, na interpretação do PT, reduziria o desconto a ser ofertado. Além disso, justifica o partido, favoreceria os grandes grupos na concorrência.

O governo do Paraná defende o aporte como forma de dar sustentabilidade aos contratos. “O objetivo do Paraná é manter a modelagem e o cronograma de obras e investimentos ajustado no estudo contratado na gestão [federal] passada. A prioridade é garantir tarifa justa e execução de obras necessárias para consolidar o Paraná como hub logístico da América do Sul”, informa o governo.

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