O servidor comissionado do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TC-PR) Pablo Augusto Granemann virou réu nesta terça-feira (2) pelos crimes de corrupção passiva e organização criminosa, no âmbito da Operação Quadro Negro.
A denúncia contra ele, feita pelo Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR), foi acolhida pelo juiz Fernando Bardelli Silva Fischer, da 9ª Vara Criminal de Curitiba.
Preso desde sexta-feira (29), Granemann responderá pelos crimes dentro da mesma ação penal na qual já figuram outros seis réus, incluindo o ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), apontado pelo MP como principal beneficiário do esquema de corrupção revelado pela Operação Quadro Negro. Ele nega.
O MP aponta que, na época dos fatos, entre 2011 e 2014, Granemann trabalhava como motorista de Luiz Abi Antoun, ajudando no recolhimento de propina. Abi é primo de Beto Richa e também réu no processo. Em junho de 2018, ele começou a trabalhar no TC, lotado no gabinete do conselheiro Fernando Guimarães.
A Gazeta do Povo não conseguiu contato com a defesa de Granemann. O espaço segue aberto para a manifestação.
Na última sexta-feira (29), a Gazeta do Povo procurou o TC, que se manifestou por meio de nota: "Sua prisão não tem qualquer envolvimento com o TC, sendo por fato anterior à sua nomeação no órgão, onde executa tarefas administrativas internas no gabinete do citado conselheiro [Fernando Guimarães]".
Deflagrada em meados de 2015, a Operação Quadro Negro apura desvio de dinheiro originalmente reservado para obras de escolas do governo do Paraná.
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná