
Diante de uma das piores estiagens na história do estado, a Sanepar indica que os investimentos em sistemas de água (que é a infraestrutura para levar água potável às torneiras dos consumidores) neste ano devem bater R$ 594,3 milhões. De acordo com Leura Conte de Oliveira, diretora de investimentos da estatal, o maior volume está sendo empregado na construção da Barragem Miringuava, em São José dos Pinhais, que incrementará o abastecimento sobretudo na região metropolitana e bairros da região Sul de Curitiba.
RECEBA notícias em seu Whatsapp
A Barragem Miringuava, uma represa no rio de mesmo nome, é tida como uma das obras mais fundamentais para aumentar a capacidade de fornecimento de água na região de Curitiba. Embora debatida há mais de uma década, ela só começou a ser viabilizada, de fato, em 2015. Nos últimos anos, no entanto, a obra foi interrompida por irregularidades licitatórias e até mesmo contestação de problemas na obra. No início deste ano, no entanto, os trabalhos começaram a caminhar com menos percalços.
“[A] Capacidade de reserva [será] de 38 bilhões de litros de água, com produção de 2 mil litros/segundo. Atendimento a 650 mil pessoas. Será a quinta barragem do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba e Região Metropolitana (SAIC)”, descreve Oliveira. Espera-se que, quando concluída, a obra, de R$ 160 milhões, possa aliviar o sistema nesta região do estado, somando a capacidade de produção às barragens já existentes: Piraquara, Piraquara II, Passaúna e Iraí.
Leura Oliveira indica ainda que há um conjunto de obras estruturantes em andamento. “A Sanepar está investindo cerca de R$ 100 milhões em obras de reforço à distribuição integrada de água de Curitiba e região metropolitana. Estão sendo construídos mais quatro reservatórios que serão integrados a uma nova estrutura de rede de distribuição, com 107 quilômetros. As obras tiveram início em agosto e beneficiarão diretamente em torno de 450 mil pessoas”, diz.
Essa obra, chamada tecnicamente de ressetorização, é uma atualização do modelo de distribuição que leva em conta o crescimento populacional. Os reservatórios estão sendo construídos nas regiões dos bairros Santa Quitéria (10 milhões de litros), Sítio Cercado (10 milhões de litros), Lamenha Pequena (3 milhões de litros) e Butiatuvinha (2,2 milhões de litros).
O Plano Plurianual de Investimentos (PPI) da Sanepar prevê aporte de R$ 7,6 bilhões entre 2020-2024, sendo R$ 3,24 bilhões em serviços de infraestrutura de fornecimento de água.
Sanepar enaltece protocolo de crise
De acordo com a companhia, a crise hídrica causou déficit de chuvas de 650 milímetros em relação à média histórica. A estatal indica ter adotado um protocolo de gestão de crise, com uso de fontes alternativas, manobra das barragens e sistema de rodízio no abastecimento.
“O modelo de rodízio e a campanha Meta20 [com a redução de 20% no consumo de água], foram importantes e ajudam a minimizar o impacto da crise hídrica”, diz. “Vivemos, pela primeira vez, uma seca severa combinada com outra situação difícil para a população, que é a pandemia. Portanto, avaliamos que o impacto no abastecimento das pessoas tem sido brando diante da severidade da falta de chuvas”, aponta.
PGR denuncia Bolsonaro no STF por suposto plano de golpe
Impopularidade de Lula piora tensão entre poderes e eleva custo da governabilidade
Apostas em impeachment de Lula já ou vitória nas urnas em 2026 dividem direita
Tarcísio empata com Lula em eventual 2º turno à presidência em 2026; governador nega candidatura
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná
Deixe sua opinião