![Pode levar até duas semanas antes de mortes diminuírem significativamente no Paraná Doctor Analia Mondo looks at a patient infected with the new coronavirus at the Doctor Alberto Antranik Eurnekian Public Hospital in Ezeiza, in the outskirts of Buenos Aires on July 1, 2020. (Photo by RONALDO SCHEMIDT / AFP)](https://media.gazetadopovo.com.br/2021/03/25195125/hospital-Corona-Ronaldo-Schemidt-afp-960x540.jpg)
O pico de mortes pela Covid-19 no Paraná, que chegou a 209 em apenas um dia na semana passada, começa a cair. No boletim de 24/03 a redução da média móvel semanal foi de 20,2% em relação a 14 dias atrás, trazendo a média ponderada para 106 mortes diárias. Epidemiologistas apontam que essa variação já reflete o início dos efeitos das medidas restritivas adotadas no dia 27 de fevereiro por meio de decreto estadual. O alerta, no entanto, é de que pode demorar ainda mais uma ou duas semanas antes que apareçam os efeitos mais significativos da mudança de comportamento da população sobre o número de mortes.
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O médico infectologista do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (HC-UFPR), Bernardo Montesanti de Almeida, diz que a população e as autoridades de governo precisam ter paciência em relação aos resultados das políticas de isolamento e distanciamento social. “É importante que os gestores tenham essa percepção ao implementar uma nova política que desmotive a mobilização. O impacto só vai ocorrer depois de um mês, o que ainda não se deu. O decreto foi de 27 de fevereiro. Ainda estamos colhendo a transmissibilidade pré-decreto em relação aos óbitos. A gente tem que ter paciência”, sublinha o epidemiologista.
O compasso da pandemia em Curitiba não é o mesmo do restante do estado. Na capital, a média móvel de mortes ainda está em 40 pessoas por dia – 99% maior do que 14 dias atrás (dados de 24/03). Para o professor da Escola de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) José Rocha Faria, os resultados das medidas de isolamento social ainda estão a caminho. “Curitiba vive uma situação peculiar, já começa a haver redução do número de casos ativos, mas até o momento sem impacto muito significativo no número de mortes. Isso é compreensível, os hospitais e as UPAs ainda estão lotados, o sistema de saúde todo está trabalhando no limite. Acredito que vamos ter que esperar mais uma semana pelo menos para começar a ver essa mudança do número de óbitos na capital”.
Infectados com Covid têm obrigação moral de avisar outros
O médico aproveita para chamar atenção para uma falha comportamental que tem visto repetidamente no consultório. São pessoas que pegam o vírus, mas não contam para os outros e continuam a se encontrar com colegas de trabalho, amigos e parentes. “Pessoas que são diagnosticadas com Covid têm obrigação social de contatar quem teve contato próximo, principalmente nas 48 h que antecederam o início dos sintomas. Precisam comunicar para que essas pessoas entrem em isolamento, sejam testadas também. A gente vê que às vezes não acontece, as pessoas se envergonham de fazer isso. Mas é uma obrigação moral e social”, alerta.
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