O Paraná é o terceiro estado mais competitivo do Brasil. É o que aponta o ranking Competitividade dos Estados, divulgado nesta terça-feira (13) pelo Centro de Liderança Pública (CLP). Está atrás de São Paulo e Santa Catarina, respectivamente primeiro e segundo colocados. O Estado subiu um ponto na posição em relação à avaliação anterior, de 2021, quando estava em quarto colocado, atrás também do Distrito Federal.
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O melhor desempenho este ano se deve principalmente à evolução nos pilares Eficiência da Máquina Pública (em que subiu 4 pontos), Segurança Pública (2 pontos) e Inovação (1 ponto). Nestes três pilares, o Paraná está entre os três com melhor desempenho no Brasil. Em Solidez Fiscal, o Paraná avançou 5 pontos em relação à pesquisa anterior, chegando à décima colocação no ranking nacional.
O Paraná também aparece como líder no indicador coleta seletiva de lixo, no pilar Sustentabilidade Ambiental. O Estado, no entanto, recuou em Infraestrutura (-3), Potencial de Mercado (-2), Capital Humano (-2) e Educação (-1).
O Ranking de Competitividade dos Estados, usado para avaliar a qualidade da gestão pública, está em na 11ª edição. A ferramenta avalia os 27 estados brasileiros em áreas consideradas fundamentais para a promoção da competitividade e melhoria da gestão pública. São avaliados 86 indicadores, distribuídos em dez pilares: Infraestrutura, Sustentabilidade Social, Segurança Pública, Educação, Solidez Fiscal, Eficiência da Máquina Pública, Capital Humano, Sustentabilidade Ambiental, Potencial de Mercado e Inovação.
“Em ano eleitoral, o ranking ganha mais relevância, apontando para o próximo governo quais são os pontos prioritários”, destaca Lucas Cepeda, gerente de Relações Governamentais e Competitividade no CLP. “É uma ferramenta para olhar o futuro e definir políticas públicas”, pontua, acrescentando que o ranking é utilizado também para a destinação de investimentos privados.
Participação das mulheres contribuiu para melhora do índice
No pilar Eficiência da Máquina Pública, em que o Paraná avançou quatro pontos, o bom desempenho, segundo o gerente, se deve principalmente a dois indicadores relacionados à participação da mulher: o equilíbrio de gênero no emprego público e o equilíbrio de gênero na remuneração pública estadual. Ainda nesse pilar contou ponto também o indicador produtividade dos magistrados e servidores do Poder Judiciário, que ganhou nota máxima no ranking.
Em Solidez Fiscal, contribuiu para a evolução especialmente o indicador poupança corrente. Na área de Segurança, o bom desempenho foi motivado especialmente pelos indicadores qualidade da informação de criminalidade, déficit carcerário, segurança patrimonial, mortalidade no trânsito e segurança pessoal.
Menos crianças nas escolas
Em Educação, pilar em que o Paraná recuou, chama a atenção a queda de 19 pontos na taxa de atendimento na educação infantil, o que significa menos crianças na escola. Houve piora também na taxa de frequência no ensino fundamental, que recuou um ponto, e no ensino médio com recuo de 3 pontos. Houve também uma queda de 2 pontos no desempenho no Enem. O índice de oportunidade de educação também recuou 2 pontos.
No pilar Infraestrutura, onde o recuo foi de 3 pontos, os indicadores que mais pesaram para o fraco desempenho foram a qualidade dos serviços de telecomunicações, o custo de energia elétrica e a disponibilidade de voos diretos.
Desenvolvimento sustentável e ambiental
Pelo segundo ano, o CLP divulga também o Ranking de Sustentabilidade dos Estados, uma adaptação do Ranking de Competitividade dos Estados a partir dos 17 objetivos do desenvolvimento sustentável e suas 169 metas (ONU, 2015), bem como critérios ESG (environmental, social and governance) chancelados pela União Europeia (EU, 2020) para valorização das boas práticas ambientais, sociais e econômicas dos estados. Santa Catarina e Paraná ocupam o segundo e o terceiro lugar da lista, com as notas 86,5 e 84,1, respectivamente.
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