O governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) rebateu as alegações de suspeita de espionagem praticada pelo setor de inteligência, recém-criado na Controladoria Geral do Estado, a CGE do Paraná, e classificou as acusações como uma "pauta criada pela oposição".
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Na última semana, o deputado Requião Filho (PT) pediu informações ao Estado sobre a atuação da CGE, sobre a utilização de "softwares espiões" e sobre quais servidores estão lotados na Diretoria de Inteligência e Informações Estratégicas. Na lista, está o marroquino naturalizado brasileiro Mehdi Mouazen, nomeado em agosto para chefiar o setor após ocupar o cargo de assessor de governador por cerca de dois anos.
Em entrevista à RIC Notícias na manhã desta segunda-feira (30) , Ratinho Junior saiu em defesa do diretor de inteligência na CGE do Paraná ao responder que não tomaria nenhuma atitude, pois Mehdi não teria feito nada de errado. “Vai continuar trabalhando e cumprindo o papel dele”, rebateu.
O governador ainda justificou a locação do prédio, onde seria a sede da “arapongagem” paranaense, segundo a bancada de oposição. Ele informou que o prédio foi locado pela Secretaria de Justiça, por conta da reforma no Palácio das Araucárias e que todos os servidores, bem como aparatos tecnológicos, estariam em transferência para o local. No prédio, no entanto, não constam identificações de estar sob uso do Governo do Paraná.
Ratinho Junior lembrou de casos do passado de "grampos" no Paraná e garantiu que o uso da tecnologia no estado é feito, atualmente, pela Segurança Pública. “A verdade é que no passado teve gente que foi presa dentro do Palácio Iguaçu por fazer espionagem. No passado aconteceu mesmo. Agora temos um sistema que é da Secretaria de Segurança, não fica nem no Palácio Iguaçu, nem próximo. É um sistema de inteligência de várias ferramentas, que aliás, são as melhores do mundo. Quem as utiliza? Apenas equipes da Segurança Pública com o aval da Justiça, com o aval do Ministério Público, juntamente com o Gaeco. É um equipamento para combate o crime organizado”, respondeu.
Segundo o governador, o papel da Controladoria trabalha na fiscalização de, “contratos que muitas vezes não são bons para o estado, que têm risco de fraude” e questionou a quem interessa desestabilizar o trabalho da pasta. “Um sistema de inteligência, também de ligação, para ver se essas empresas não têm ligação com milícia, com o crime organizado. A pergunta é: a quem interessa enfraquecer a Controladoria? Nosso governo combate todos os dias esse tipo de criminosos, tanto na parte administrativa, que tentam dar golpe no estado ou até mesmo o crime organizado, que cria problemas para as famílias do Paraná”, disse Ratinho.
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