O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), deixou claro que não pretende conceder a aposentadoria para a ex-governadora Cida Borghetti (PP). Ela requereu o benefício em janeiro, logo depois de sair do cargo. O pedido estava em aberto desde então, esperando que a Assembleia Legislativa votasse a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que acaba com o pagamento vitalício aos ocupantes do cargo e a seus cônjuges.
Na última quarta-feira (15), os deputados aprovaram o fim do benefício apenas para novos pedidos. Com isso, Ratinho Jr confirmou que, mesmo com o processo em andamento antes da votação, ele não pretende conceder a aposentadoria para Cida.
A declaração foi dada durante coletiva de imprensa em Maringá, cidade da ex-governadora, na manhã de quinta-feira (16). Ao ser questionado se pedirá aposentadoria quando sair do cargo, Ratinho Jr disse que não e que seria uma falta de coerência, diante do fato de ter apresentado a proposta para acabar com o benefício. Respondeu também como pretende agir com outros pedidos: “sobre a aposentadoria da ex-governadora e de qualquer outro, vai ter de recorrer à Justiça, porque eu não vou dar. Eu sou contra”.
Em relação à aprovação da PEC, afirmou que foi um dia histórico para o Paraná. “Quero até parabenizar os deputados pela aprovação. É uma medida que financeiramente tem pouco impacto nas contas do estado, mas é simbólica. No Brasil, 1 milhão de pessoas consomem 35% da Previdência, que é a casta privilegiada, de político, de promotor, de juiz, de servidor que se aposenta com grande salário. Os outros 65% são divididos entre 30 milhões. É o momento de acabar com privilégios e eu tinha me comprometido com isso na campanha eleitoral”, declarou.