O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), afirmou nesta terça-feira (27), durante entrevista à imprensa, que há possibilidade de retorno das aulas presenciais na rede pública estadual nas escolas onde diretores e professores entenderem que há segurança para isso, considerando a situação epidemiológica da região. Quase um mês atrás, Ratinho Junior disse que as aulas presenciais na rede pública estadual – hoje realizadas apenas de forma remota – só voltariam após a vacinação dos professores. “Se tiver um diretor de uma escola onde os professores entendem que está tranquila a pandemia na sua cidade, que tem um ambiente para voltar com segurança, nós não iremos vetar, e vamos estimular que isso aconteça”, afirmou ele.
No final de março, Ratinho Junior também disse que professores seriam vacinados logo após a imunização dos idosos e que a expectativa era encerrar a etapa das pessoas com mais de 60 anos até o final de abril. A fala, contudo, contrariava o próprio plano nacional de vacinação. De acordo com o documento do governo federal, que até aqui tem sido seguido pelo governo do Paraná, há cinco subgrupos prioritários entre o grupo dos idosos e os trabalhadores da área de educação. Ou seja, na ordem da fila da vacina, os professores não estão na sequência dos idosos, embora também façam parte do grupo prioritário. No total, o grupo prioritário é formado por 28 subgrupos – e a fase atual ainda é dos idosos.
Nesta terça-feira (27), Ratinho Junior voltou a falar que os professores seriam vacinados após os idosos, e junto com as pessoas com comorbidades. “A ideia é que, terminando a vacinação das pessoas com mais de 60 anos, já comece a vacinar as pessoas com comorbidades e também os professores”, disse ele, durante entrevista à imprensa, sem mencionar a ordem da fila estabelecida no plano de vacinação.
Já o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, explicou também nesta terça-feira (27) que a ideia é insistir junto ao Ministério da Saúde para que haja previsão de vacinas para os professores nas próximas remessas e que isso seja válido para todos os estados. “Temos insistido que o Ministério da Saúde possa prever isso de Brasília para os estados, que seja algo isonômico. Para que não exista um estado com esta prioridade na frente e outro estado com outra prioridade”, resumiu ele.
Até aqui, os frascos têm sido encaminhados de Brasília a Curitiba de forma "carimbada" - ou seja, com definição prévia de qual subgrupo deve receber aquelas doses. Além disso, ao distribuir os imunizantes aos municípios, o próprio governo do Paraná tem orientado às prefeituras para que haja respeito à ordem da fila apontada pelo Ministério da Saúde.
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