O governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), confirmou que participa nesta segunda (9) da reunião emergencial em Brasília, convocada pelo presidente Lula (PT) com todos os governadores brasileiros, para discutir ações conjuntas dos estados na resolução da crise provocada pelas invasões deste domingo aos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Alvorada e Supremo Tribunal Federal (STF).
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O governador disse que o Paraná fará cumprir todas as decisões judiciais que vierem de Brasília, a exemplo da determinação expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, de desmobilização dos manifestantes acampados em frente aos quartéis do Exército. “Quando cegou o ofício, nosso secretário de Segurança (coronel Hudson Leôncio Teixeira) reuniu a Polícia Militar e os responsáveis para fazer essa construção de solução para retirada das pessoas da frente dos quartéis. Isso está sendo conduzido agora, de maneira pacífica, conversando, abordando as pessoas, conscientizando de que é importante ser feito e, automaticamente, se cumprindo a ordem judicial, como fazemos em todas as outras áreas quando é determinado ao governo do estado”, declarou.
Questionado se o Paraná enviará reforços de segurança a Brasília numa eventual determinação federal, Ratinho Junior garantiu que seguirá o cumprimento dos mandados: “caso o Ministério da Justiça faça de forma oficial esse pedido, estamos à disposição, mas, pelo que estamos acompanhando, deu uma baixada na temperatura em Brasília e a gente espera que volte à normalidade o quanto antes”.
Repúdio às invasões
Ainda no domingo, o governador comentava nas redes sociais seu repúdio aos atos registrados em Brasília, e que tiveram repercussão em outros estados, a exemplo do Paraná, onde manifestantes tentaram bloquear a entrada da refinaria da Petrobras Repar e iniciaram tentativa de bloqueios de estradas. “Repudio profundamente os atos de violência e os distúrbios acontecidos hoje, no planalto e no STF, na capital do país. Acredito na democracia, em um Brasil unido, livre e em paz”, escreveu no Twitter.
Nas declarações desta segunda, Ratinho Junior reiterou: “não podemos admitir, em nenhum espectro político, seja do campo da esquerda, da direita, do centro, qualquer tipo de vandalismo. A manifestação, por si só, é sempre legítima, democrática, mas, quando passa do ponto, temos que rechaçar esse tipo de atitude”, disse.
Aproximação com o governo federal
O governador do Paraná também sinalizou que uma aproximação do Executivo estadual junto ao governo federal deve se iniciar, de forma institucional, a partir de uma reunião agendada com os governadores de todos os estados para o dia 27 deste mês, à qual ele afirma que vai comparecer. “Vai ser a primeira reunião de trabalho, em que os estados vão poder expor, conversar e buscar soluções para o Brasil”, disse.
À expectativa deste primeiro diálogo entre ele e o novo governo federal, Ratinho Junior se posiciona mais voltado ao pragmatismo, e não tanto a questões ideológicas. “A população do Paraná e do Brasil nos paga para trabalhar, e não ficar brigando politicamente. Temos que tocar nosso dia a dia, não podemos ficar todos os dias discutindo só questões políticas. O trabalhador, a população, quer acordar cedo, trabalhar, quer que o país cresça e se desenvolva”, declarou.
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