Com mudanças inspiradas na Coreia do Sul, o governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), destacou avanços obtidos na educação pública do estado nos últimos anos, durante o evento "Paraná que educa". O summit foi realizado pela Gazeta do Povo em parceria com o governo do Paraná, na manhã desta terça-feira (10).
Receba as principais notícias do Paraná pelo WhatsApp
"A Gazeta do Povo, nos seus 105 de história, acompanhou e acompanha o desenvolvimento desse estado. Esse evento simplifica e solidifica muito bem a nossa missão: estimular em cada um jeito de ser melhor. Essa discussão vai trazer mais luz ainda, para um setor tão importante para o país", evidenciou a diretora da unidade Jornais do Grupo Paranaense de Comunicação (GRPCOM), Ana Amélia Filizola.
Ao citar o país asiático, Ratinho Junior falou sobre a merenda escolar e como oferecer alimentação de qualidade foi peça-chave para manter a frequência dos alunos. "O desempenho dos alunos é melhor com boa alimentação. Saltamos de 70% de presença em sala de aula, no ano de 2019, para 91% atualmente", comparou.
O segundo passo, segundo o governador paranaense, foi melhorar o conteúdo do que é oferecido em sala de aula. Para isso, preparar os professores é uma ação permanente. "Os melhores professores treinam os colegas em formações que ocorrem de forma constante", pontuou.
Ratinho Junior também disse que, ao incluir robótica e programação na grade curricular, o interesse dos estudantes aumentou. "Estamos preparando-os para um mercado de trabalho que oferece milhares de vagas e salários acima da média", explicou o governador. O Paraná tem 520 mil estudantes da rede pública estudando programação e mais de 320 mil aprendendo robótica.
Parceria com a educação privada vai auxiliar em questões administrativas, destaca o governador do Paraná
Outro destaque feito pelo governador do Paraná no summit de educação foi da aposta na gestão das escolas estaduais. De acordo com ele, os diretores passam muito tempo resolvendo problemas que não são ligados a questões pedagógicas. O caminho escolhido pela gestão estadual para destrinchar esse nó passa pelo programa "Parceiro da escola", que prevê a participação da iniciativa privada para alguns serviços ofertados na rede pública.
Com resultado divulgado nesta terça-feira, 93 escolas da rede de ensino estadual vão passar a ter a parte administrativa gerida pela iniciativa privada, totalizando 95 em todo o estado - duas unidades já vêm desenvolvendo essa forma compartilhada de gestão, as demais iniciam o projeto em 2025. "O parceiro vai cuidar de questões que, por exemplo, envolvam a estrutura da escola, enquanto o diretor vai focar no aprendizado dos alunos", diz Ratinho Junior.
A consulta pública para a adesão de escolas estaduais ao programa foi concluída nesta segunda-feira (9), registrando 44,4 mil votos da comunidade envolvida. O quórum foi alcançado em 94 escolas, enquanto nas outras 83 (sem quórum mínimo), a decisão pelo método de gestão ficará a cargo da Secretaria de Estado da Educação, que determinará a inclusão com base nos critérios definidos para a formação dos lotes com as empresas.
O processo envolveu a comunidade escolar nos últimos dias, contando com a participação de pais, responsáveis, estudantes e servidores. As escolas que tiveram a definição ficam em 41 cidades diferentes do Paraná e o programa deve iniciar as operações no próximo ano letivo.
Diferentes modelos atendem demandas da sociedade
Ratinho Junior também enfatizou que o Paraná possui escolas que suprem uma necessidade da população, de acordo com o que ela considera viável. “Não temos um modelo único no estado, nós temos o modelo que o pai quiser. O pai quer escola cívico-militar? Tem escola cívico-militar. Ele quer escola em tempo integral? Tem escola em tempo integral. Quer a escola convencional? Tem também, então é para todos”, analisou.
Ainda segundo o governador, 300 escolas estão na fila para funcionarem no modelo cívico-militar, porém, faltariam militares da reserva para que isso se concretize. De maneira complementar, Ratinho Junior ressaltou melhorias em questões estruturais da rede estadual de ensino: segundo ele, o Paraná tinha 500 escolas com salas de aula de madeira e 60% dessas construções foram eliminadas. A previsão é que esse número chegue a 100% até o fim do primeiro semestre de 2025.
Prestigiaram o evento da Gazeta do Povo em parceria com o governo do Paraná o vice-governador Darci Piana; o ex-governador e secretário do Codesul pelo Paraná, Orlando Pessuti; o diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar), Celso Kloss; o presidente do Sistema Ocepar, José Roberto Ricken; e o presidente do Movimento Pró-Paraná, Marcos Domakoski.
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná
Deixe sua opinião