A partir de sábado (8), as tarifas da Autopista Litoral-Sul, na ligação entre Curitiba e Florianópolis, serão reajustadas. O valor para carros de passeio ou para eixos de veículos pesados subirá de R$ 2,70 para R$ 3,90. O preço será 44% maior.
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As tarifas não aumentavam há mais de dois anos, desde fevereiro de 2018. No período, até houve um reequilíbrio econômico-financeiro promovido pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mas sem impacto no preço.
Pesaram no reequilíbrio as mudanças na principal obra da concessão: o contorno de Florianópolis. A construção atrasou e foi necessário desviar de um condomínio e também incluir adaptações caras, como viadutos.
O reajuste contratual, considerando apenas a reposição inflacionária do período de 12 meses, usando o Índice de Preço ao Consumidor -Ampliado ( IPC-A), foi de 4,19%. A concessionária do grupo Arteris, que administra as rodovias BR-376 e BR-101, tem cinco praças de pedágio no trecho, uma no Paraná e quatro em Santa Catarina.
Planalto Sul e Régis Bittencourt
Outras rodovias concedidas ao grupo Arteris também tiveram atraso na aplicação do reajuste anual. Quase sete meses depois do prazo, as tarifas da Autopista Régis Bittencourt, no trecho entre Curitiba e São Paulo, foram alteradas em julho. O preço para carros de passeio ou por eixo de veículos pesados passou de R$ 3,20 para R$ 3,30.
A ligação entre Curitiba e Lages (SC), administrada pela Planalto Sul, pela BR-116, teve o reajuste das tarifas autorizado no final de julho, sete meses depois do aniversário da concessão. Mas, neste caso, os valores diminuíram: de R$ 6,50 para R$ 6,20, para carros de passeio ou por eixo de veículo pesado. A redução se deve a uma mudança no critério de tolerância de sobrepeso de cargas nas rodovias.
No mês passado, a Gazeta do Povo questionou a agência reguladora e recebeu como resposta que os reajustes não precisam acontecer na data do aniversário do contrato e que os processos das concessões "precisaram de uma análise mais detalhada dos cumprimentos contratuais". A ANTT também confirmou que o atraso será compensado financeiramente no próximo reajuste. Em anos anteriores, a demora na autorização não passou de alguns dias.
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