As medidas adotadas para prevenir a transmissão do novo coronavírus têm surtido um efeito secundário positivo na saúde pública da capital paranaense. Dados preliminares da Secretaria Municipal da Saúde dão conta de que, nos primeiros quatro meses de 2020, houve queda no total de internamentos em razão de outros quadros infecciosos, como gripe, meningite, coqueluche e bronquiolite.
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Apenas na primeira semana de maio de 2019, por exemplo, houve 30 casos confirmados de infecção grave pelo vírus sincicial respiratório, uma das principais causas de internamentos de crianças com menos de dois anos de idade. Neste ano, Curitiba não registrou nenhuma ocorrência no mesmo período.
Ao longo do mês de abril de 2019, foram 29 internações provocadas por infecção pelo vírus influenza, mais que o dobro do contabilizado no mesmo período de 2018, quando foram registradas 13 internações. Já em abril de 2020, não houve qualquer paciente internado com complicações provocadas pelo influenza no mesmo mês.
“Isso ocorre porque as medidas de prevenção para o novo coronavírus são as mesmas de prevenção à transmissão do sincicial respiratório e do vírus da gripe”, explica a médica infectologista Marion Burger, do Centro de Epidemiologia da secretaria municipal da saúde de Curitiba.
Entre 19 de março e 25 de abril deste ano, houve uma redução de 83% no total de atendimentos presenciais nos serviços de saúde do município em relação ao mesmo período do ano passado. A queda é atribuída à criação da Central de Teleatendimento e Teleconsulta, criada pela prefeitura no início da pandemia, e, principalmente, às medidas de isolamento social, maiores cuidados com a higiene e uso de máscaras respiratórias.
Segundo Marion, a coqueluche e até mesmo doenças que não afetam o sistema respiratório, mas que são transmitidas pelo ar, como a meningite viral, tiveram queda no número de diagnósticos em 2020. Os números, porém, ainda não estão consolidados e devem constar do relatório quadrimestral a ser publicado até o fim de maio.
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