O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) disse esperar que o atual mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) seja o último do governo petista no país. Para ele, uma possível reeleição iria destruir o Brasil. O ex-juiz da Operação Lava Jato disse que o governo de Lula está "com o tempo contado", pois outros políticos devem surgir. As declarações foram concedidas em entrevista ao programa Pânico, da Jovem Pan News, nesta segunda-feira (11).
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“A oposição vai ter que ter paciência, aguardar os três anos de governo. Espero que seja o último governo Lula, porque, se não, destrói o país. Já vai ser muito complicado, mas (se continuar depois) destrói o país. Creio que esse tempo está contado. Temos que esperar que surjam líderes políticos. (...) Destruir o sistema é impossível, mas tem que reformar o sistema (para acabar com a corrupção)”, disse o senador.
Moro afirmou que o governo petista "não tem rumo" e aproveitou para questionar o aumento de impostos e a quantidade de ministérios criados pelo presidente Lula (PT). “O único projeto do governo é cobrar mais impostos. Eles querem gastar”, opinou.
O parlamentar comentou também sobre a perseguição à Operação Lava Jato. "Teve um esquema de corrupção gigantesco nos governos do PT. Pagavam suborno como se fosse rotina. Tem vídeos, provas e fatos. Agora tentam recontar essa história, porque não é conveniente ao presidente do momento", acrescentou. "Hoje não tem ninguém preso por corrupção".
Ele observou a resistência em aprimorar as leis de combate à corrupção. "Está muito difícil trabalhar para melhorar nossa legislação no combate a corrupção. O que estamos fazendo? Investindo na segurança pública, já que não é prioridade do governo Lula", complementou Moro.
Ainda durante a entrevista ao programa Pânico, Moro foi questionado se teria a intenção de concorrer à prefeitura de Curitiba, em 2024, ou à Presidência da República, em 2026. Ele negou. “Estou focado no meu Senado, aprovar bons projetos nesse período, ter uma proposta diferente, mas nenhuma pretensão de qualquer voo presidencial. Já fiz isso, é muito complicado. Hoje tem outras pessoas que se habilitam mais, teriam mais condições, como o Zema (governador de Minas Gerais pelo Partido Novo), o Tarcísio (governador de São Paulo pelo Republicanos), o próprio governador do Paraná, Ratinho Junior, e o Ronaldo Caiado”, evidenciou.
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