O Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba participa de pesquisa internacional que avalia a eficácia do medicamento Molnupiravir para a Covid-19 com 400 voluntários de diversos países. A participação do hospital da Universidade Federal do Paraná (UFPR) no momento é na fase 2, em que a segurança do medicamento foi testada em 13 pacientes.
Com o reforço de mais 50 voluntários em abril, o hospital inicia a fase 3, a última, de avaliação da eficácia propriamente dita - assim como o HC participou em 2020 da pesquisa da vacina Coronavac, desenvolvida na China e produzida no Brasil pelo Instituto Butatan. Os pesquisadores do HC já aplicaram o medicamento em parte dos voluntários no fim de 2020 e vão contar com mais voluntários a partir de abril.
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Testes feitos em 75 pacientes com Covid-19 nos Estados Unidos aponta eficácia do Molnupiravir. Após cinco dias de tratamento em pessoas com até sete dias de infecção, nenhum paciente medicado com o antiviral teve evidência do Sars-CoV-2, o coronavírus causador da Covid-19, em exame de cultura viral. Já 24% dos pacientes que tomaram placebo, substância sem efeito, continuavam com o vírus. Assim como em outros países, os pacientes que participarem dos testes no HC serão tratados cinco dias com acompanhamento por sete meses.
O resultado do estudo nos Estados Unidos foi apresentado na 22ª Conferência sobre Infecções Oportunistas e Retrovirus, um dos mais importantes eventos médicos de doenças infecciosas, que neste ano foi dedicado à pandemia. Além da Covid-19, o medicamento desenvolvido em parceria da MSD com o laboratório Ridgeback Bio também já se mostrou eficaz no tratamento de outros tipos de coronavírus, como o Sars, que causou epidemia na China em 2003, o Mers, que atingiu os países do Oriente Médio em 2012.
A coordenadora do estudo no HC, a médica infectologista e professora do curso de Medicina da UFPR Mônica Gomes, ressalta a importância do estudo, já que até aqui não há nenhum medicamento de eficácia comprovada no tratamento da Covid-19. “Hoje, não existe antiviral que combata a multiplicação do vírus da Covid-19 na fase precoce da doença. Por isso, essa descoberta é tão importante no combate à pandemia”, enfatiza Mônica em nota do HC.
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