O restaurante que funciona dentro do prédio da Assembleia Legislativa, no Centro Cívico, em Curitiba, não está seguindo integralmente as regras impostas pela prefeitura da capital na esteira das medidas de enfrentamento do coronavírus. O sistema de serviço tipo “self service” estava funcionando até recentemente e, agora, também há falhas no sistema de serviço tipo “rotisseria”, uma alternativa que passou a ser permitida após negociações entre a prefeitura de Curitiba e o setor de gastronomia. O restaurante é tocado pela empresa Tamarillo Gastronomia Ltda, que venceu em setembro de 2019 a concorrência aberta pela Assembleia para atuar no local, com fornecimento de refeições “na modalidade self service, marmitex e a la carte”.
RECEBA notícias do Paraná pelo WhatsApp
Até a última terça-feira (12), o self service ainda estava sendo adotado pelo restaurante, que fica no quinto andar do edifício. Mas o sistema de self service não encontra respaldo na Resolução 1/2020, assinada em 16 de abril pela secretária municipal da Saúde, Márcia Cecília Huçulak. No artigo sexto do documento, “fica suspenso o funcionamento do sistema de buffet (self service) em restaurantes, lanchonetes, padarias e similares”.
Procurada na terça-feira (12) pela Gazeta do Povo, a Assembleia respondeu por meio de nota, na qual diz apenas que o restaurante não está aberto ao público externo e que “todas as adequações necessárias estão sendo feitas no espaço para proteção dos servidores e parlamentares”. Também disse que “segue rigorosamente as regras de prevenção e uso de máscara”. A Gazeta do Povo também entrou em contato com o próprio restaurante, mas a empresa informou que somente a Assembleia se manifestaria sobre o tema.
Já na quarta-feira (13), mudanças foram feitas no restaurante. A Tamarillo Gastronomia passou a adotar um sistema no qual o buffet continua sendo utilizado, mas somente pelos funcionários do restaurante, que passam a montar os pratos e a levar até os clientes na mesa. O modelo, contudo, ainda não é exatamente o que determina a prefeitura de Curitiba, quando autoriza a chamada “rotisseria”, em substituição ao self service, já que o restaurante na Assembleia ainda não tem os alimentos “fechados”. “O equipamento de exposição das opções de alimentos deve ser isolado do cliente (fechado com material rígido transparente, como vidro, acrílico ou similar) para proteção dos alimentos e visualização pelos clientes”, explica a prefeitura de Curitiba.
Há outras regras definidas pela capital para restaurantes com consumo de alimentos no próprio local, como “espaçamento mínimo de 1,5 metro entre as pessoas ou de 2 metros entre as mesas”, por exemplo.
Desde o final de março, a Assembleia não tem permitido entrada de público externo e as sessões plenárias estão sendo realizadas de forma remota pelos deputados estaduais. Apenas alguns servidores da Casa e também dos gabinetes dos parlamentares ainda trabalham de forma presencial. Um grupo pequeno de deputados estaduais também tem ido à Assembleia, caso, por exemplo, do presidente da Casa, Ademar Traiano (PSDB), do primeiro-secretário, Luiz Claudio Romanelli (PSB), e do segundo-secretário, Gilson de Souza (PSC). O trio conduz as sessões remotas dentro do próprio plenário, com apoio de um grupo de servidores.
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná