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novo pedágio Paraná
O holding Infraestrutura Brasil S.A, do Grupo Pátria, arrematou o Lote 1 e prevê quase R$ 8 bilhões de investimentos| Foto: Lucas Saba/Gazeta do Povo

A Infraestrutura Brasil Holding S.A, do Grupo Pátria, ofereceu 18,25% de desconto na tarifa básica e venceu o primeiro leilão das concessões de rodovias no novo modelo de pedágio no Paraná, realizado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), nesta sexta-feira (25) na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo.

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Segundo o Governo do Paraná, isso representa um valor 65% menor do que a tarifa por quilômetro rodado com a correção de valores se o Anel de Integração ainda existisse (R$ 0,2543) ou 54% menor do que a última tarifa por quilômetro rodado cobrada (R$ 0,1919).

De acordo com o novo contrato, o Grupo Pátria será responsável por 30 anos pelo conjunto de rodovias federais e estaduais composto por 473,01 quilômetros pelas BRs-277/373/376/476 e pelas as PRs-418/423/427 com investimentos de R$ 7,9 bilhões em obras, sendo 60% do montante previsto para os sete anos iniciais de contrato. Está é a primeira concessão rodoviária encaminhada pelo governo federal neste início de terceiro mandato do presidente Lula (PT).

A EPR, empresa formada pela Equipav e pela gestora Perfin, segunda concorrente, ofereceu 8,30% de desconto sobre a tarifa básica e perdeu a disputa no leilão.

O lote 1 de concessão marca o retorno do pedágio no traçado do antigo Anel de Integração, com contrato encerrado há quase dois anos, depois de mais de duas décadas de exploração de rodovias federais, projeto que entrou para história paranaense pelas altas tarifas, obras previstas não cumpridas e escândalos de corrupção.

A proposta vencedora foi a que ofereceu o maior desconto sobre a tarifa básica de pedágio proposta no edital. As cinco praças entraram no certame com as seguintes tarifas: Imbituva (R$ 10,60), Irati (R$ 10,80), Porto Amazonas (R$ 11,57), São Luiz do Purunã (R$ 9,19) e da Lapa (R$ 12,11).

Segundo o edital, 344 quilômetros serão duplicados e 210 quilômetros receberão faixas adicionais (terceiras faixas). Também estão previstos 44 quilômetros de novos acostamentos, 31 quilômetros de novas vias marginais, 27 quilômetros de ciclovias e 86 viadutos, trincheiras e passarelas.

O segundo lote de concessão pelas rodovias paranaenses está programado para o dia 29 de setembro com leilão, novamente, na B3 em São Paulo.

Confira a cobertura completa da Gazeta do Povo sobre o pedágio no Paraná.

Modelo de concessão de rodovias une grupos políticos divergentes

O governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD), ressaltou que o novo modelo de pedágio é “moderno e inovador” e foi elogiado como referência para o Brasil pelos ministros dos Transportes tanto da gestão de Jair Bolsonaro (PL), ex-presidente aliado de Ratinho, como pelo novo ministro, Renan Filho, que integra o primeiro escalão do governo do presidente Lula (PT).

“O ministro dos Transportes anterior falava que o Paraná era exemplo para o Brasil nesse modelo de concessão e o novo ministro que entrou fala a mesma coisa. Uma demonstração que acertamos no modelo que construímos juntos”, disse.

Com a transição presidencial do meio do caminho, o modelo de concessão voltou a ser discutido após a posse de Lula e a pressão da bancada petista no Paraná, que defendia um “pedágio de manutenção”. O governador lembrou que foi mantido o modelo proposto pelo estado, após as discussões em audiências públicas “com muitas obras” e “tarifa justa”.

Mais cinco lotes de concessão estão previstos, dos quais apenas mais um com data marcada na B3, por enquanto. A estimativa do governo estadual é de um investimentos de aproximadamente R$ 50 bilhões nas rodovias por meio da iniciativa privada. 

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