Dentro do grupo de pessoas que devem receber a vacina contra a Covid-19 de forma prioritária, aqueles que vivem em comunidades tradicionais ribeirinhas estão na nona posição da fila, logo atrás dos idosos da faixa etária entre 75 e 79 anos. Ou seja, pelo plano estadual de vacinação, documento que segue as diretrizes do governo federal, os ribeirinhos já deveriam ter se vacinado – embora haja diferenças na velocidade de vacinação entre os municípios, de maneira geral o Paraná já concluiu a aplicação da primeira dose em todas as pessoas com mais de 60 anos de idade e atualmente avança para o público das pessoas com comorbidades, grupo que está na décima terceira posição da fila de prioridades.
Mas, até agora, os ribeirinhos ainda não foram vacinados no Paraná. Procurada pela Gazeta do Povo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disse que a vacinação não ocorreu por problemas quanto a estimativas populacionais. “Devido a divergências de estimativas populacionais utilizadas na estratégia de vacinação, o Paraná não foi contemplado com a estimativa da população Ribeirinha, porém já encaminhou a solicitação ao Ministério da Saúde”, resumiu a Sesa, em nota. Na quarta edição do plano estadual de vacinação, atualizado no último dia 6, consta que o Paraná teria 14.800 pessoas no grupo de “povos e comunidades tradicionais ribeirinhas”.
À Gazeta do Povo, o Ministério da Saúde confirmou apenas que o Paraná fez solicitação de doses extras e que deve enviá-las “o mais rápido possível”. “O Ministério da Saúde está fazendo o levantamento, junto aos estados, sobre a necessidade de envio de doses a mais para os grupos prioritários de trabalhadores de saúde e comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas, conforme pactuado nas reuniões tripartites entre união e secretarias estaduais e municipais de saúde. Até o momento, apenas o Tocantins, Ceará, Paraíba, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Amapá e Paraná enviaram as informações solicitadas pela pasta sobre a estimativa deste público-alvo em cada estado”, informou a pasta, em nota.
“A partir destes dados, o Ministério da Saúde irá analisar os quantitativos e a possibilidade de distribuição de doses extras para contemplar esses grupos o mais rápido possível, a depender do cronograma de entregas de doses pelos laboratórios fabricantes”, continuou o Ministério.
Até aqui, apenas o déficit de doses relativo aos trabalhadores da saúde tinha sido publicamente apontado pela Sesa. Já o grupo dos “povos e comunidades tradicionais quilombolas” está na décima posição na fila de prioridades e, segundo a Sesa, a maior parte do grupo já foi contemplada com a primeira dose.
No plano estadual de vacinação, a estimativa é de 9.631 pessoas vivendo em comunidades quilombolas no Paraná. No vacinômetro da Sesa, atualizado até sexta-feira (14), constava que 5.309 pessoas do grupo de quilombolas receberam a primeira dose da vacina e apenas 83 já receberam também a segunda dose. De acordo com a Sesa, a maioria ainda não completou o ciclo de imunização porque foi utilizada a vacina da Astrazeneca, que exige um intervalo de 90 dias entre as doses.
Número de obras paradas cresce 38% no governo Lula e 8 mil não têm previsão de conclusão
Fundador de página de checagem tem cargo no governo Lula e financiamento de Soros
Ministros revelam ignorância tecnológica em sessões do STF
Candidato de Zema em 2026, vice-governador de MG aceita enfrentar temas impopulares
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná