| Foto: JONATHAN CAMPOS/AEN
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Dentro do grupo de pessoas que devem receber a vacina contra a Covid-19 de forma prioritária, aqueles que vivem em comunidades tradicionais ribeirinhas estão na nona posição da fila, logo atrás dos idosos da faixa etária entre 75 e 79 anos. Ou seja, pelo plano estadual de vacinação, documento que segue as diretrizes do governo federal, os ribeirinhos já deveriam ter se vacinado – embora haja diferenças na velocidade de vacinação entre os municípios, de maneira geral o Paraná já concluiu a aplicação da primeira dose em todas as pessoas com mais de 60 anos de idade e atualmente avança para o público das pessoas com comorbidades, grupo que está na décima terceira posição da fila de prioridades.

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Mas, até agora, os ribeirinhos ainda não foram vacinados no Paraná. Procurada pela Gazeta do Povo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disse que a vacinação não ocorreu por problemas quanto a estimativas populacionais. “Devido a divergências de estimativas populacionais utilizadas na estratégia de vacinação, o Paraná não foi contemplado com a estimativa da população Ribeirinha, porém já encaminhou a solicitação ao Ministério da Saúde”, resumiu a Sesa, em nota. Na quarta edição do plano estadual de vacinação, atualizado no último dia 6, consta que o Paraná teria 14.800 pessoas no grupo de “povos e comunidades tradicionais ribeirinhas”.

À Gazeta do Povo, o Ministério da Saúde confirmou apenas que o Paraná fez solicitação de doses extras e que deve enviá-las “o mais rápido possível”. “O Ministério da Saúde está fazendo o levantamento, junto aos estados, sobre a necessidade de envio de doses a mais para os grupos prioritários de trabalhadores de saúde e comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas, conforme pactuado nas reuniões tripartites entre união e secretarias estaduais e municipais de saúde. Até o momento, apenas o Tocantins, Ceará, Paraíba, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Amapá e Paraná enviaram as informações solicitadas pela pasta sobre a estimativa deste público-alvo em cada estado”, informou a pasta, em nota.

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“A partir destes dados, o Ministério da Saúde irá analisar os quantitativos e a possibilidade de distribuição de doses extras para contemplar esses grupos o mais rápido possível, a depender do cronograma de entregas de doses pelos laboratórios fabricantes”, continuou o Ministério.

Até aqui, apenas o déficit de doses relativo aos trabalhadores da saúde tinha sido publicamente apontado pela Sesa. Já o grupo dos “povos e comunidades tradicionais quilombolas” está na décima posição na fila de prioridades e, segundo a Sesa, a maior parte do grupo já foi contemplada com a primeira dose.

No plano estadual de vacinação, a estimativa é de 9.631 pessoas vivendo em comunidades quilombolas no Paraná. No vacinômetro da Sesa, atualizado até sexta-feira (14), constava que 5.309 pessoas do grupo de quilombolas receberam a primeira dose da vacina e apenas 83 já receberam também a segunda dose. De acordo com a Sesa, a maioria ainda não completou o ciclo de imunização porque foi utilizada a vacina da Astrazeneca, que exige um intervalo de 90 dias entre as doses.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]