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Moradores de comunidades tradicionais e ribeirinhas no Paraná serão contemplados com doses de vacina contra a Covid-19 na próxima remessa do Ministério da Saúde ao estado. No plano estadual de vacinação, entre 30 subgrupos que formam o grupo prioritário da fila do imunizante, os ribeirinhos estão na nona posição, logo atrás dos idosos entre 75 e 79 anos, mas, como mostrou a Gazeta do Povo no mês passado, eles ainda não tinham sido contemplados com nenhuma dose. Atualmente, cerca de 20 subgrupos (entre 30) já foram chamados para receber ao menos a primeira dose.
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Nesta terça-feira (01), o governo do Paraná informou que o Ministério da Saúde se comprometeu a encaminhar “nos próximos dias” mais 397.690 doses. São 37.440 da Cominarty, da parceria Pfizer/BioNtech, e 360.250 da Covishield, da união entre Fiocruz/AstraZeneca/Oxford. Segundo o informe técnico do governo federal, as doses são destinadas às primeiras aplicações em grupos prioritários já contemplados e, pela primeira vez, povos e comunidades tradicionais e ribeirinhos.
Nesta remessa, serão 740 doses para povos e comunidades tradicionais e ribeirinhas do Paraná. Na estimativa do plano estadual de vacinação, há 14.800 pessoas neste grupo.
Em maio, quando a Gazeta do Povo procurou a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) para saber porque a vacinação dos ribeirinhos ainda não havia ocorrido, a pasta respondeu que o problema estava ligado a estimativas populacionais. “Devido a divergências de estimativas populacionais utilizadas na estratégia de vacinação, o Paraná não foi contemplado com a estimativa da população Ribeirinha, porém já encaminhou a solicitação ao Ministério da Saúde”, resumiu a Sesa, em nota.
Na mesma época, o Ministério da Saúde disse à Gazeta do Povo que o Paraná fez solicitação de doses extras e que deve enviá-las “o mais rápido possível”. “O Ministério da Saúde está fazendo o levantamento, junto aos estados, sobre a necessidade de envio de doses a mais para os grupos prioritários de trabalhadores de saúde e comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas, conforme pactuado nas reuniões tripartites entre união e secretarias estaduais e municipais de saúde. Até o momento, apenas o Tocantins, Ceará, Paraíba, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Amapá e Paraná enviaram as informações solicitadas pela pasta sobre a estimativa deste público-alvo em cada estado”, informou a pasta, em nota.
“A partir destes dados, o Ministério da Saúde irá analisar os quantitativos e a possibilidade de distribuição de doses extras para contemplar esses grupos o mais rápido possível, a depender do cronograma de entregas de doses pelos laboratórios fabricantes”, continuou o Ministério.
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