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A demissão de Jorge Guaranho se deu após um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
A demissão de Jorge Guaranho se deu após um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).| Foto: Reprodução / Instagram / Arquivo pessoal

O policial penal Jorge José da Rocha Guaranho, acusado de matar o guarda municipal e tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu, Marcelo Arruda, foi demitido do cargo nesta terça-feira (19). A demissão foi assinada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski. Guaranho está preso preventivamente e aguarda julgamento.

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Guaranho, que é réu por homicídio duplamente qualificado, teve a pena de demissão definida em um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) instaurado à época do crime. Quando atirou em Arruda, em julho de 2022, Guaranho era servidor na Penitenciária Federal de Catanduvas.

Guaranho cometeu três infrações e demonstrou conduta incompatível com a moralidade administrativa

De acordo com Lewandowski, o agora ex-agente penal federal cometeu as infrações de incontinência pública, improbidade administrativa e uso de recurso material da repartição em atividade particular. Guaranho usou sua arma profissional para atirar contra Arruda.

Para o ministro, a conduta violenta e ofensiva à vida é incompatível com a moralidade administrativa, além de afrontar gravemente os valores institucionais da atividade policial. A demissão foi confirmada antes mesmo do trânsito em julgado da ação penal instaurada contra Guaranho na Justiça do Paraná. O caso vai a júri popular no próximo dia 4 de abril.

A Advocacia-Geral da União (AGU) fechou um acordo que prevê a indenização de R$ 1,7 milhão para os familiares de Marcelo Arruda. O valor foi calculado com base na pensão que seria devida aos filhos tesoureiro do PT, de forma proporcional à idade de cada um. A AGU destacou que irá ingressar com uma ação para cobrar do autor dos disparos o ressarcimento da quantia paga aos familiares da vítima.

Relembre o caso

De acordo com o boletim de ocorrências registrado na época do crime, o petista foi baleado pelo então policial penal Jorge Garanho, que também foi atingido por disparos de tiros. Inicialmente, a polícia havia informado que Garanho tinha falecido, mas dias depois a delegada que apurou o caso informou que ele sobreviveu e estava apenas internado.

Na época do crime, testemunhas ouvidas pela polícia no local contaram que todos estavam na festa de aniversário de Arruda, decorada com tema pró-Lula, quando Jorge – segundo o boletim, desconhecido dos convidados – chegou ao local, acompanhado de uma mulher e uma criança, com a arma de fogo em mãos, dizendo “aqui é Bolsonaro”. Em seguida teria saído, e retornou vinte minutos depois, dessa vez sozinho, com a arma nas mãos.

O boletim prossegue contando que a mulher de Arruda teria se apresentado como policial civil e mostrado seu distintivo e que o petista teria sacado a arma. Guaranho, então, efetuou os primeiros disparos e Arruda reagiu na sequência, atirando também.

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