| Foto: Lineu Filho /Tribuna do Paraná
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Pelo menos até setembro, Curitiba e região metropolitana estão livres do colapso do sistema de abastecimento de água. E se a média histórica de chuva para os próximos quatro meses se confirmar, a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) pode cancelar o rodízio que desde agosto de 2020 funciona com 36 horas de água e 36 horas de corte no abastecimento dos bairros. “Se continuar nesse ritmo de chuva de janeiro, a tendência é de que possamos reavaliar o rodízio”, afirma o diretor de Meio Ambiente da Sanepar, Júlio Gonchorosky.

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Mantendo o rodízio e com a colaboração da população em economizar água, dentro do plano de 20% de redução individual no consumo, Curitiba e região não correm risco de ver seus reservatórios secos nos próximos oito meses, mesmo que não chova nada. A quantidade de água hoje no sistema é capaz de garantir o abastecimento dentro deste cenário.

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“Com rodízio e economia de água da população, se não chovesse nada nós manteríamos o abastecimento. Claro, teria algum desconforto, com rodízio mais severo, mas garantiríamos que as caixas de água não ficariam secas, que é o nosso grande objetivo”, explica Gonchorosky.

Se a Sanepar não tivesse adotado o rodízio e se a população não colaborasse, o sistema das barragens de Piraquara I, Piraquara II, Iraí e Passaúna, que abastece a capital e cidades vizinhas, já estaria há meses em colapso. Segundo projeção da Sanepar, nesse cenário com as condições climáticas que tivemos ao longo do ano passado, o nível dos quatro reservatórios teria despencado em outubro para apenas 9,6%, volume completamente impossível de manter o abastecimento.

Estabilidade nos reservatórios

Nesta terça-feira (26), as represas de Curitiba e região alcançaram a marca de 45,19%, a melhor desde maio de 2020. O nível dos reservatórios está acima de 40% desde 21 de dezembro, o que representa estabilidade, segundo o diretor de Meio Ambiente da Sanepar. Assim que o sistema alcançar 60% de capacidade, a Sanepar tem condições de suspender o rodízio.

Já se o nível cair para 25%, um rodízio mais severo será adotado imediatamente, com 24 horas de água por 48 horas sem abastecimento. O mais perto que Curitiba e região metropolitana chegaram desse risco foi em 11 de novembro de 2020, quando o armazenamento de água caiu para apenas 26,5%.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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