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Ratinho Junior em entrevista à Rádio Bandeirantes
Ratinho Junior em entrevista à Rádio Bandeirantes| Foto: Reprodução Youtube

O governador do Paraná, Ratinho Junior disse, nesta quarta-feira (19), em entrevista à Rádio Bandeirantes, que o governo russo poderá mandar doses de vacina para seus cidadãos residentes no Brasil já a partir de outubro. Ratinho Junior assinou um convênio com o Instituto Gamaleya, da Rússia, para testagem e transferência de tecnologia para produção e distribuição da vacina no Paraná.

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“Algo que me deixou esperançoso: tenho uma vizinha russa, casada com brasileiro, que mora aqui há alguns anos. O governo russo já entrou em contato com ela dizendo que, a partir de outubro vão mandar vacina para ela e para todos os cidadãos russos que moram no Brasil. O governo russo não faria isso se a vacina não estivesse bem avançada”, comentou o governador, na entrevista.

Ratinho Junior reafirmou, no entanto, que a possível produção da vacina no Instituto Tecnológico do Paraná (Tecpar) só deverá ocorrer, caso todas as fases anteriores de testes e protocolos forem aprovadas, na metade de 2021. “A gente tem sido muito conservador nos cronogramas. Conseguimos formalizar essas parcerias e agora entramos no aspecto burocrático, do acompanhamento da Anvisa, dos testes necessários, de toda a legislação brasileira, que é muito rígida e tem que ser rígida mesmo, para que a gente possa ser uma alternativa. Passando por todas essas fases, a gente acredita que, no primeiro semestre de 2021, conseguindo todas as aprovações, a gente consiga colocar esse volume de vacinas à disposição do Ministério da Saúde”.

O governador também comentou sobre uma possível resistência da população e, até, das autoridades sanitárias acerca da vacina russa. “A Rússia tem um histórico de inteligência muito grande e de eficiência nesta área de bioquímica e biologia. É importante registrar que existe um jogo geopolítico e econômico no processo. Estamos falando de bilhões de dólares para quem conseguir achar a solução da vacina para a população mundial o mais rápido possível. E essa parte oriental do mundo não é muito de fazer média com a OMS (Organização Mundial da Saúde), de ficar dando explicações para a OMS. Eles tocam a vida deles, têm suas legislações específicas e vão avançando. Quanto mais vacina tivermos, melhor. Até porque para se ter volume de produção de 200 milhões de doses, que é o que o Brasil precisa, só um laboratório não dá conta”, concluiu.

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