Na semana passada a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar) anunciou o início das obras de transposição do Rio Capivari, em Colombo. A obra estava prevista no Plano Diretor do Sistema de Abastecimento Integrado de Curitiba (SAIC) para ser implantada só em 2025, mas por causa da crise hídrica a obra foi adiantada. A primeira fase deve estar concluída até o próximo mês de setembro. A medida vai permitir que mais 713 litros de água por segundo sejam injetados na Barragem do Iraí. A água captada no Rio Capivari vai ser bombeada até o Rio Timbu, que deságua na barragem do Iraí.
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“A obra do rio Capivari faz parte de um projeto estruturante, onde também está prevista a construção da Estação de Tratamento de Água (ETA) Capivari”, afirma Sergio Wippel, diretor de operações da companhia.
Por enquanto, a água captada no Rio Capivari vai ser tratada nas ETAs Iraí e Iguaçu. Para isso, a Sanepar está implantando mais 10 quilômetros de tubulações sob a rodovia BR-476. De acordo com a Sanepar, toda a estrutura da fase emergencial da obra, que está em andamento, será utilizada quando a ETA Capivari estiver pronta.
Transposições
A companhia paranaense já realizou outras duas obras de transposição para enfrentar a crise hídrica do último ano. Em julho de 2020, foi feita a transposição do Rio Pequeno até um afluente do Rio Miringuava. A obra permite a injeção de mais 130 litros de água por segundo no sistema e pode ser ativada quando necessário. Outra obra de transposição foi feita em outubro de 2020. É a ligação entre o Rio Miringuava Mirim até o Rio Miringuava, que despeja mais 170 litros de água por segundo no Rio Miringuava. Esse sistema fica em funcionamento até dezembro de 2022. Wippel explica que essas obras são importantes para aumentar a capacidade do sistema. “Além disso, a companhia investe em reservação e armazenamento de água. Estão em andamento as obras de dois reservatórios com capacidade de armazenar 10 metros cúbicos de água no total”.
Economia de recursos hídricos
Sérgio Wippel conta que a população está aprendendo a utilizar a água de forma mais racional. De acordo com o diretor, “mesmo após diminuirmos o rigor do rodízio, conseguimos uma economia de cerca de 15% a 18% do volume consumido por parte da população nos meses de janeiro e fevereiro”, afirma. Mas Wippel reforça que “a nossa meta é uma economia de 20% por imóvel”.
A Sanepar informou ainda que a soma de todas as ações realizadas ao longo do período de estiagem incrementou o sistema de abastecimento em 46,6 bilhões de litros de água.
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