15 indignados
O presidente da Sanepar, Claudio Stabile, e o diretor-presidente em exercício da Agência Reguladora do Paraná (Agepar), João Bresolin Araújo, foram à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) na manhã desta terça-feira (23). Ambos foram convocados para explicar aos parlamentares como foi calculado o reajuste na tarifa de água e esgoto, de 12,13%, divulgado na semana passada e que ainda será aplicado aos consumidores.
"A inflação da Sanepar é um pouco diferente do que se apura, por exemplo, para a cesta básica. Nós temos uma composição de indexadores que incidem em duas parcelas. Com essa conta, a inflação dos insumos da Sanepar chegou a 7,56%", explicou Stabile.
O porcentual restante se refere à parcela de 2019 do diferimento tarifário, definido em 2017 pela Agepar. O reajuste, que totaliza 25,63%, busca recompor a tarifa após cinco anos de congelamento (entre 2005 e 2010) e foi parcelado em oito vezes.
A parcela atual é a terceira - prevista inicialmente em 2,11%. Com a correção da Selic, conforme previsto na resolução de 2017 da Agepar, o valor chegou a 4,57%. Somando a parcela do diferimento com o apurado pela inflação da Sanepar, assim, o total corresponde aos 12,13% que começarão a ser aplicados em maio.
Sanepar queria mais
Apesar de representar mais do que três vezes a inflação do período - que, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), ficou em 3,75% -, o pedido da Sanepar era para que o reajuste fosse ainda maior.
No documento encaminhado à Agepar, a empresa requeria aumento de 22,73%. A ideia era antecipar as demais cinco parcelas restantes do diferimento tarifário, aplicando todas de uma vez já em 2019.